• Dino defende união da esquerda já em 2020: “precisamos estender nossa palavra para além dos convertidos”

    O PT lançou o Plano de Reconstrução e Transformação do Brasil, parte de um movimento iniciado no dia 7 de setembro, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se colocou “à disposição” para combater o bolsonarismo. No evento, convidados de outros partidos como o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) pediram a unidade da esquerda ainda nas eleições municipais deste ano como forma de pavimentar a criação de uma frente em 2022.

    “Penso que nós devemos desde logo abrir debates sobre pactos progressistas para que não fiquemos apenas na última hora debatendo nas 96 cidades brasileiras (onde há segundo turno)”, disse Dino. Segundo ele, o documento apresentado pelo PT, que contou com colaborações de outros partidos como PSOL, PCdoB, PSB e PDT, pode ser um “referencial” de unidade da esquerda hoje dividida em função de interesses divergentes nas eleições municipais e em dois grandes projetos voltados para 2022: o do PT e o de Ciro Gomes (PDT).

    Dino também alertou para a necessidade de os partidos de esquerda ampliarem o diálogo para além do próprio campo. “Precisamos estender nossa palavra para além dos convertidos. Não basta que falemos para nós mesmos”, afirmou o governador, visto como uma opção para 2022.

    A introdução ao plano apresentado pelo PT também fala em unidade. “É um caminho que já começamos a trilhar juntos, por exemplo, com a indicação de que urge avançar na construção da mais ampla frente em defesa da Vida, da Democracia e do Emprego”, conforme recente manifesto das fundações partidárias do PSOL, PSB, PDT, PCdoB, PT e PROS”, diz o texto.

    Lula apresentou o documento como uma porta de abertura para diálogo programático com as demais forças. “Não é um plano de um partido político. É o plano de uma nação e pode ser feito por muito mais do que um partido político”, disse o ex-presidente.

    Segundo a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o documento apresentado pelo partido “não é um plano eleitoral nem um programa de governo”, é uma série de propostas às políticas da administração Bolsonaro apresentado à sociedade.

    De acordo com Gleisi, existe uma mesa de negociação que inclui os principais partidos de esquerda na qual já estão sendo tratadas alianças para o segundo turno da eleição municipal. “Onde o candidato da esquerda for para o segundo turno os outros vão apoiar”, garantiu ela.

    A presidente do PT, no entanto, admitiu que PSB e PDT estão mais distantes de PSOL e PCdoB. O PSB pelo fato de o PT ter mantido a candidatura da deputada Marília Arraes (PT) contra João Campos (PSB) para a prefeitura do Recife. “O PDT é o mais afastado ainda, por enquanto”, disse ela.

    2 respostas

    1. Como? se ele não conseguiu fazer isto em São Luís, imagino a nível Nacional.
      Este Governador ninguém entende mesmo. É muita controversa as proposta dele, querer aplicar aquilo que ele não faz.

    2. O PT quer que de novo os outros partidos de oposição lambam as suas botas? Flávio Dino não aprendeu a lição dada pelo próprio Lula quando o traiu e aliou-se a Roseana Sarney?

    Deixe uma resposta