• Weverton pede palanque duplo e diz que não deve lançar senador para Lula e Ciro livres apoiarem Flávio Dino

    Do Poder 360 – O senador Weverton Rocha (PDT) defendeu o palanque duplo que abrirá para seu correligionário Ciro Gomes (PDT) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), potenciais adversários na eleição à Presidência, com sua pré-candidatura ao governo do Maranhão. Recentemente, ele publicou vídeo em que diz ser o “melhor amigo do Lula” no Estado.

    “Ainda vou receber apoio de mais gente. Tem que ver se o Podemos vai lançar candidato, mas espero que me apoie aqui no Maranhão”, afirmou Weverton ao Poder360, citando o partido de outro pré-candidato à Presidência, o ex-juiz Sergio Moro, e do prefeito de São Luís, Eduardo Braide.

    Nesta 6ª feira (21.jan.2022), o PDT realizou uma convenção nacional e lançou oficialmente a pré-candidatura de Ciro.

    A situação de palanques duplos com o PT pode se repetir na Paraíba, em Sergipe e no Rio de Janeiro, onde o PDT também tem pré-candidatos ao governo. São, respectivamente, a vice-governadora da Paraíba, Lígia Feliciano; o prefeito de Aracaju (SE), Edvaldo Nogueira; e o prefeito de Niterói (RJ), Rodrigo Neves.

    Weverton também disse que não deve lançar candidato a senador em sua chapa majoritária para deixar Lula e Ciro livres para apoiar Flávio Dino (PSB), que planeja deixar o cargo de governador em abril para disputar uma vaga no Senado.

    Ao menos na campanha, o gesto de apoio não será recíproco, já que Dino tem como pré-candidato à sucessão o vice-governador Carlos Brandão, do PSDB.

    Na 4ª feira (19.jan.2022), Lula referiu-se diretamente à situação do palanque no Maranhão. “Nós defendemos a candidatura do Flávio Dino. Agora, o companheiro Flávio Dino tem um candidato dele, que é o vice, que é do PSDB. Ele sabe que é difícil a gente apoiar o PSDB. Nós temos a candidatura do Weverton, então eles vão ter que se acertar lá para facilitar a nossa vida”, declarou em conversa com representantes de veículos de mídia digitais simpáticos à ideologia de esquerda, ao PT ou ao próprio ex-presidente.

    Ao argumentar que o assunto está “pacificado” no PDT, Weverton lembrou uma entrevista de Ciro Gomes ao programa de rádio De Tudo Um Pouco, em Itapipoca (CE), em que o ex-ministro cita o palanque duplo no Maranhão e diz que a situação é “normal”.

    “Sou orgânico no PDT. É o único partido da minha vida. Estou filiado desde os 16 anos, fui presidente da juventude, sou membro da comissão executiva nacional. O partido sabe que sou orgânico”, afirmou o senador.

    “Estou recebendo apoio do presidente Lula pelo reconhecimento, pela minha lealdade e pela minha agenda no campo político. Quando ele estava preso, quem estava visitando em Curitiba era eu. Não sou amigo de conveniência porque ficou na modinha e está liderando pesquisa”, disse.

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