• A lavação de roupa suja no grupo de WhatsApp do União Brasil

    A lavação de roupa suja no União Brasil chegou ao grupo de WhatsApp restrito a parlamentares e dirigentes do partido. Deputados cobraram, no chat, que os dois ministros de Lula filiados à sigla entreguem os cargos. Tanto o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, quando a do Turismo, Daniela do Waguinho, foram alvo de desgaste por diferentes motivos.

    “Na minha opinião, ou estes ministros do nosso partido ajudam os nossos estados através dos deputados do partido ou entregam o cargo, porque até agora só estão queimando a gente”, escreveu Carlos Henrique Gaguim (GO).

    O deputado Alfredo Gaspar (AL) concordou: “Internamente, concordo com o Gaguim, o partido está levando lapada de dar em doido, colocando a todos em situação difícil e retorno benéfico aos nossos estados zero. O PT está conseguindo rebaixar o UB a um nível de partido fisiológico e apegado ao poder a qualquer custo. Uma pena”.

    “Estamos ficando mal na fotografia. Seria interessante conversarmos essa semana sobre isso”, reforçou Luiz Carlos Busato (RS).

    Presidente nacional do partido, Luciano Bivar (PE), então, interveio e divergiu do trio, que é ideologicamente alinhado a Bolsonaro. O chefe da sigla defendeu a permanência do União Brasil no governo Lula.

    “O que sempre defendemos é pela independência de nosso Partido, por essa questão a minha luta de não sermos acéfalos na última eleição. Se alguém convida qualquer um dos nossos filiados para gestão do governo, só nós envaidece, reconhecem nosso tamanho e só temos que prestigiá-lo”.

    No União Brasil, a maioria dos deputados diz não ter sido consultada por Bivar para a indicação de Juscelino Filho e de Daniela Carneiro para as pastas no governo Lula. A percepção da maioria dos parlamentares da legenda é que Lula não tem, na Câmara e no Senado, os votos do União Brasil prometidos por Bivar. (Do Metrópoles)

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