• A opinião que pesou para Valdemar seguir com o processo do PL para cassar Moro

    O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, atribui sua decisão de seguir com o processo para cassar o mandato de Sergio Moro ao advogado Marcelo Bessa.

    Cobrado por interlocutores de Jair Bolsonaro a desistir da ação, o cacique político alegou que seguiria a orientação de seu advogado, que é a de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    Marcelo Bessa não atuou diretamente na causa de Moro até o momento, mas sua opinião foi decisiva para que Valdemar não atendesse o pleito de Bolsonaro. O advogado é o responsável pela defesa de Valdemar em processos na Justiça Eleitoral e no Supremo Tribunal Federal em inquéritos como aquele que apura a tentativa de golpe envolvendo Bolsonaro.

    Procurado, Bessa disse que não cometa conselhos e conversas com seus clientes.

    Como informou a coluna, auxiliares de Bolsonaro avaliam que a decisão de Valdemar de seguir com o processo tem o objetivo de fazer um gesto ao STF. O senador é desafeto de parte dos ministros da corte.

    O período para que o PL e o PT recorram da absolvição de Moro na primeira instância terminou na noite desta segunda-feira.

    R$ 1,2 milhão com advogados

    O PL de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto já desembolsou R$ 1,2 milhão com a contratação dos advogados responsáveis pela ação em que a sigla pede a cassação do mandato de Sergio Moro (União-PR) no Senado.

    O montante foi dividido em três parcelas iguais de R$ 400 mil pagas a três advogados diferentes. São eles: Guilherme Ruiz Neto e os sócios Bruno Cristaldi e Marcelo Delmanto.

    Segundo o contrato assinado pelo PL, caso os advogados tenham sucesso com a ação — ou seja, o mandato de Moro seja de fato cassado — o partido deverá pagar uma nova parcela de R$ 1,2 milhão aos advogados.

    Multa

    O contrato prevê ainda que, em caso de desistência da ação, o partido comandado por Valdemar Costa Neto também teria de pagar R$ 1,2 milhão aos escritórios contratados para cuidar da causa.

    O valor da multa, inclusive, foi utilizado pelo presidente nacional do PL para negar o pedido de Bolsonaro para que a legenda não recorresse ao TSE, após o TRE do Paraná absolver Moro.

    A propósito, os advogados contratos pelo PL devem protocolar na noite desta segunda-feira (22/4) um recurso ordinário no TSE contestando a decisão do TRE do Paraná.

    Além do PL, o PT também ingressou com ação pedindo a cassação do ex-juiz da Lava Jato. Como se tratava do mesmo tema, as duas ações foram analisadas conjuntamente pelo TRE.

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