A reunião desta quarta-feira da Executiva Nacional do União Brasil para decidir se Celso Sabino será expulso do partido por ter se recusado a deixar o ministério de Lula caminha para uma “solução não radical”, conforme um dirigente da legenda.
O que está previsto é que Sabino perca a presidência do União no Pará, mas não seria ejetado do partido amanhã — ainda que um processo neste sentido possa ser aberto.
É o que deve acontecer também com André Fufuca, que do mesmo modo se recusa a deixar o Ministério do Esporte, mesmo depois de ameaçado de expulsão pelo PP. Sua punição provável será deixar a presidência do PP no Maranhão.
Está saindo barato para os dois. Até porque ninguém garante que os substitutos de ambos nos comandos das duas representações estaduais não serão indicados por eles próprios.
Lula diz que seu desejo é manter Fufuca no ministério do Esporte. “Eu quero conversar com o Fufuca, eu não quero que ele saia, eu acho que ele está fazendo um bom trabalho, eu acho que é um equívoco do PP querer expulsá-lo. Mas de qualquer forma eu vou conversar com ele. Eu acho que não é possível, as coisas estão dando certo, porque mexer, porque essa pequenez de atrapalhar um ministro que está fazendo um bom trabalho, por raiva, por inveja, por disputa política. Eu não vou implorar pra nenhum partido está comigo, vai está comigo quem quiser, quem quiser para o outro lado que vá, e que tenha sorte”, asseverou.
Lula já havia dito em Imperatriz que deve anunciar com Fufuca “no próximo mês” a criação da Universidade do Esporte.
O PP, assim como o União Brasil, tinha dado prazo de um mês para os filiados deixarem o governo. No fim da semana, o prazo acabou e o presidente do partido, o senador Ciro Nogueira, deu um novo prazo: disse que Fufuca tinha até esta terça para deixar o ministério.
Ciro Nogueira afirmou que o PP não deve expulsar Fufuca. O presidente do partido enfatizou, porém, que o ministro deve perder o controle do diretório estadual do PP no Maranhão caso decida se manter no ministério.
