Jair Bolsonaro defendeu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de críticas feitas por lideranças de direita em diferentes reuniões ao longo dos últimos dias.
Pessoas próximas ao ex-presidente sustentaram que Tarcísio “pegaria leve” com Alexandre de Moraes (STF) e que, se eleito ao Planalto, não confrontaria os ministros da Corte em busca de um indulto a Bolsonaro.
Em todas as ocasiões, o ex-mandatário ouviu as queixas e pontuou sem se alongar: “Tarcísio é um ótimo gestor. E um aliado fiel”.
Sobre o discurso do governador em evento de Gilmar Mendes em Portugal, a coluna publicou, nesta segunda-feira (7/7), que pessoas do núcleo de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente não se agradou com o “tom presidenciável” adotado por Tarcísio.
Após a publicação da reportagem, Bolsonaro ligou para coluna e negou qualquer mal-estar com a postura do governador em Lisboa.
“O tom presidenciável não me incomodou. Quanto mais candidaturas do meu grupo, melhor”, disse o ex-presidente.
Bolsonaro se coloca como pré-candidato ao Planalto e tenta reverter a inelegibilidade à qual foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Menos de uma semana depois de voltar a passar mal com uma crise de soluços e vômitos e cancelar todas as agendas previstas para o mês de julho, Jair Bolsonaro já prevê retomar suas atividades na próxima segunda-feira.
Nesta segunda, logo depois de agradecer publicamente ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela postagem que o americano fez sobre a “caça às bruxas” que o Brasil estaria fazendo contra ele, o ex-presidente falou por telefone com a coluna e projetou o fim da sua “quarentena”:
— Se fosse por mim, já estava na rua, mas a mulher [Michelle] e o médico são cães de guarda e não deixam. Mas segunda-feira que vem já quero estar na ativa.
Tarcísio diz que concorrerá à reeleição
Tarcísio de Freitas, por sua vez, repete que será candidato à reeleição ao Palácio dos Bandeirantes no ano que vem, mesmo com a pressão de parte da classe política para que se lance à Presidência.
O governador avalia que o caminho natural é um novo mandato em São Paulo, mas aliados ponderam que, se o presidente Lula estiver mal nas pesquisas, a disputa ao Planalto se tornará inevitável. (Metrópoles e Lauro Jardim)