Em meio às especulações que se está fazendo no Maranhão e Piauí, se informa que o falecido empresário Josival Cavalcante da Silva, o conhecido agiota Pacovan, executado em Zé Doca, teria emprestado algo perto ou superior a R$ 10 milhões para um candidato a deputado federal nas eleições de 2022. Esse político, assim como outros, seria do Piauí, informa o portal AZ.
Pacovan tinha entre seus clientes vários políticos, entre os quais, até candidatos a governador da região.
Em Teresina, seu “atravessador”, ou seja, o intermediário dos empréstimos, tinha na lista deputado federal, estadual e uma recua de prefeitos e candidatos a prefeito.
Falam que o sujeito que candidatou-se a deputado federal estava devendo em torno de R$ 1o milhões ao hoje finado agiota.
Se pagou ou como vai pagar eis o mistério.
Patrimônio
O blog do jornalista Domingos Costa ouviu pessoas próximas, amigos e empresários que tinham negócios com Pacovan para saber mais sobre o assunto. Eles revelaram o que seria apenas “parte” da fortuna do empresário, brutalmente assassinado na cidade que ele tanto amava.
Nesse bojo estão dezenas de Fazendas e terras espalhadas pelo Maranhão afora, milhares de cabeça de gado, quase uma centena de carros, caminhões e carretas, e ainda, várias dezenas de máquinas pesadas.
E mais, dezenas de milhões de reais emprestados para políticos e empresários de cinco estados: Maranhão, Pará, Piauí, Tocantins e Ceará.
Dezenas de Postos de Combustíveis na capital e interior, diversas casas de alto padrão, inúmeros apartamentos, terrenos e demais imóveis em valores milionários também faziam parte do patrimônio de Josival Cavalcanti da Silva.
Isso, sem contar o volume de dinheiro em vários empreendimentos nas Centrais de Abastecimento (CEASA) de São Luís e Teresina.
Pacovan tinha, ainda, muito dinheiro [milhões] em espécie guardado e, além da pecuária, era forte nas negociações envolvendo o agronegócio.
Emendas parlamentares
Ainda de acordo com Domingos Costa, Pacovan também atuava diretamente em negociação de emendas parlamentares: junto aos deputados com quem fazia os “tratos”, até a destinação a determinada prefeitura de sua indicação. Ele era uma espécie de “especialista” nesse tipo de negócio.
Difícil um político, prefeitos (as) e deputados estaduais e federal de grande ascensão na política do Maranhão que não tenha passado pelas mãos de Pacovan, direto ou indiretamente. São poucos os que não tiveram algum tipo de negócio com Pacovan.
Em muitas prefeituras do Maranhão, Josival Cavalcanti da Silva tinha “negócios” diretamente com o (a) prefeito (a), isso, desde a campanha eleitoral, quando sua “ajuda” sempre foi decisiva na reta final de qualquer disputa em eleição.
“Ele [Pacovan] tinha tanto dinheiro e negócios que nem mesmo a esposa, filhos e amigos conseguirão saber tudo. Era um volume gigante de transações financeiras”, detalhou um amigo que pediu reservas em relação a sua identidade.
Uma resposta
Morreu e não levou nada.