• Cappelli diz que não permanecerá no Ministério da Justiça e fará transição após férias; Galdino é exonerado

    O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, afirmou nesta quinta-feira (11) ao blog que não permanecerá na pasta com a saída do ministro Flávio Dino – que tomará posse nos próximos dias como ministro do Supremo Tribunal Federal.

    Cappelli diz que vai tirar férias nas próximas semanas, que já estavam marcadas, e depois retorna a Brasília para atuar na transição para a nova equipe do ministério.

    Depois de três horas de conversa com Lula, Flávio Dino, futuro ministro do Supremo Tribunal Federal, telefonou para Ricardo Cappelli, seu amigo de longa data e ministro da Justiça e da Segurança Pública em exercício, e acertou de encontrá-lo, hoje, às 10h.

    Em seguida, Lula anunciará oficialmente que Ricardo Lewandowski, ex-ministro do Supremo, sucederá a Dino como ministro da Justiça e da Segurança Pública. Antes ou depois do anúncio, Cappelli dará uma entrevista coletiva para comunicar que deixará o governo. “Para outro cargo não irei.”, disse ele a amigos.

    E arrematou: “Não estou atrás de emprego”.

    Os filhos de Cappelli estão de férias nos Lençóis Maranhenses. Capelli irá encontrá-los, só retornando a Brasília entre os próximos dias 20 e 30 para passar o cargo a Lewandowski e fazer a transição no ministério.

    Cappelli afirmou a interlocutores que só seguiria no Ministério da Justiça se pudesse manter o posto de secretário-executivo – o que, pelo cenário atual, não deve acontecer.

    Lewandowski deverá indicar como secretário-executivo, cargo que equivale a uma espécie de vice-ministro, o advogado e professor Manoel Carlos de Almeida Neto. Ele trabalhou no gabinete do ex-ministro do STF e com o decano da Corte, ministro Gilmar Mendes. É professor de direito e diretor jurídico desde 2016. Foi um dos cotados para suceder o próprio Lewandowski no STF quando ele deixou o STF. Lula, no entanto, escolheu seu ex-advogado Cristiano Zanin.

    O nome de Cappelli era defendido por Dino e pelo PSB para continuar na função. Segundo apurou o Poder360, Lula deu total autonomia para que o próximo ministro da Justiça escolha seu número 2. O novo ministro não tem a mínima intimidade com Capelli, tampouco seu estilo midiático combina com o de Lewandowski, mais contido. Ainda não há, entretanto, um destino fechado para Capelli.

    Galdino é exonerado 

    Prestes a anunciar a chegada de Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça, o governo Lula já começou a promover trocas dentro da pasta, até então comandada por Flávio Dino, que assume como ministro do Supremo Tribunal Federal em fevereiro. Nesta quinta-feira (11), foi confirmada no Diário Oficial da União (DOU) a exoneração de Diego Galdino, ex-secretário executivo adjunto da Secretaria Executiva do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

    Galdino estava no ministério desde que Dino assumiu a pasta, em janeiro de 2023, e atuava como braço direito do Secretário Executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli. Nas redes sociais, o Galdino disse estar “partindo para novos desafios”. Natural de Salvador, na Bahia, o agora ex-secretário adjunto já ocupou os cargos de secretário adjunto da Cultura, secretário de Turismo, secretário de Estado e chefe da Casa Civil no Maranhão, onde trabalhou junto de Dino.( G1, Metrópoles, Poder 360)

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