Foi do ministro Flávio Dino (PSB-MA), alvinegro declarado, a “mãozinha” que encurtou a burocracia para a regularização do técnico português Bruno Lage. O novo treinador do líder da Série A só conseguiu estrear no jogo desta quarta-feira (19) contra o Patronato, pelo playoff das oitavas da Copa Sul-Americana, porque os dirigentes do clube se valeram do bom relacionamento com chefe do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Pelo trâmite normal, o protocolo de emissão de visto de trabalho para estrangeiros nascidos em países de fora do Mercosul ou em países sem acordo com o Brasil leva em média de dez a 15 dias úteis. A situação de Lage foi regularizada em menos de uma semana graças à agilidade impressa por funcionários do ministério de Dino, que aprovaram o pedido do visto para publicação no Diário Oficial da União em menos de 72 horas.
Há menos de dois meses, uma comitiva alvinegra esteve com o ministro em Brasília. Durcésio Mello, o presidente do Botafogo, seu vice Vinicius Assumpção e o diretor da SAF Thairo Arruda visitaram o gabinete de Flávio Dino (PSB-MA) e o presentearam com a camisa do clube autografada pelos jogadores. Os alvinegros estavam na capital federal para posse de José Perdiz na presidência do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
O caráter de urgência não foi estendido aos demais integrantes da comissão técnica. Estes terão acompanhamento especial, mas sem a mesma celeridade. E não fosse o contratempo causado pelo fuso horário para a validação da Licença Uefa na Conmebol a “força-tarefa” nos bastidores para a emissão do visto teria concluído a missão sem o menor desconforto.
O Botafogo espera que os auxiliares técnicos Luis Nascimento e Carlos Cachada, o preparador físico Alexandre Silva e os analistas Jhony Conceição e Diogo Camacho , obtenham os vistos de trabalho ainda a tempo de enfrentar o Santos, domingo (23), na Vila Belmiro. (Do Extra)