O delegado César Ferro explicou o motivo do prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier, não ter ficado preso após se apresentar e prestar depoimento, nesta segunda-feira(7), na Delegacia Regional de Presidente Dutra. O prefeito é acusado de matar o policial militar Thyago dos Santos durante uma vaquejada em Trizidela do Vale.
“É importante esclarecer que, como a apresentação foi espontânea e fora das hipóteses de flagrante delito, não caberia que ele fosse autuado em flagrante pela delegacia de Presidente Dutra, conforme entendimento consolidado pelo Supremo Tribunal Federal”, disse o delegado. (Veja cima).
O inquérito será conduzido pela Delegacia Regional de Pedreiras. A Polícia Civil do Maranhão informou que as investigações continuam e que a prisão do prefeito só poderá ocorrer por mandado judicial.
Depoimento
O prefeito de Igarapé Grande, João Vítor Peixoto Moura Xavier (PDT), declarou em depoimento à Polícia Civil do Maranhão que agiu em reação a uma ameaça direta, ao ser empurrado e ver o PM Geidson Thiago da Silva dos Santos sacar uma pistola. A declaração foi feita na tarde desta segunda-feira (7), na Delegacia Regional de Pedreiras. O episódio resultou na morte do policial, no encerramento da vaquejada de Trizidela do Vale, no domingo (6). O Blog do Linhares teve acesso com exclusividade ao depoimento do prefeito.
Segundo o interrogatório, João Vítor se apresentou de forma espontânea para prestar esclarecimentos. Ele relatou que chegou ao parque de vaquejada por volta das 13h, acompanhado da namorada, e permaneceu no local sem consumir bebidas alcoólicas. O gestor afirmou que se manteve no caminhão com amigos e, por volta das 22h, foi interpelado por um homem em uma motocicleta que teria proferido xingamentos e gestos ofensivos.
Ainda segundo o relato, o PM teria feito menção ao termo “prefeito”, mas João Vítor afirma que nunca havia visto o indivíduo antes e desconhecia que se tratava de um policial. João declarou que respondeu ao gesto com um aceno, tentando manter a calma.
Minutos depois, já em direção ao carro, João Vítor afirma que o motociclista reapareceu, desta vez a pé, e apontou o dedo em sua direção. O prefeito desceu do veículo, foi até o PM, tentou dialogar e, ao colocar a mão no ombro do homem, foi empurrado. Em seguida, segundo o depoimento, o Geidson teria sacado uma pistola preta.
João Vítor contou que, ao ver a arma, sacou seu revólver calibre .38 e efetuou os disparos, sem saber quantos tiros atingiram a vítima. Ele afirma ter jogado a arma fora no local e ter deixado o parque dirigindo sozinho, no carro da namorada.
O prefeito declarou à polícia que possuía a arma há cerca de dois anos, apesar de não ter registro ou autorização legal para mantê-la. Segundo ele, o revólver foi um presente de um eleitor, identificado como Sr. Antônio, já falecido.
João Vítor afirmou que não havia ingerido álcool e que ficou em choque após o ocorrido. Ao ser perguntado sobre seu estado emocional, declarou-se “comovido e abalado”. No interrogatório, disse estar à disposição para novos esclarecimentos e reiterou que não conhecia o homem com quem discutiu.
Abaixo, a íntegra do depoimento






Uma resposta
Esse vagabundo não foi e nem será preso …aqui é Brasil, país do Escárnio…é político e já ficou por isso msm.