• Ação por abuso de poder diz que 2,4 mil anularam voto por ‘santinhos’ falsos em Caxias(MA)

    Além do inquérito da Polícia Federal que investiga a suposta compra de votos durante as eleições de 2024 em Caxias/MA, o prefeito Gentil Neto (PP) é alvo de uma ação judicial por abuso de poder político e econômico nas últimas eleições.

    A Ação de Investigação Judicial Eleitoral, popularmente conhecida como ‘Aije dos Santinhos’, foi movida pelo partido Podemos e apresenta diversas acusações de crimes eleitorais contra o prefeito e seu tio.

    Segundo a denúncia, foi identificado um grande volume de santinhos, cartazes e outros materiais promocionais com informações falsas sobre os candidatos Paulinho, Daniel Barros, entre outros, que foram distribuídos em todos os locais de votação da cidade, com o intuito de enganar os eleitores.

    A petição destaca que “os cartazes com imagens dos candidatos a prefeito Paulo Marinho Jr, vereador Daniel Barros, e do ex-presidente Jair Bolsonaro ‘pedindo votos’ foram colocados nas portas de casas, em logradouros públicos e nos locais de votação, tanto no dia anterior às eleições quanto na madrugada do dia da votação”, conforme relatado nos documentos da ação.

    O partido Podemos alega que a divulgação de material de campanha enganoso visava confundir os eleitores. Além de Gentil Neto, o ex-prefeito Fábio Gentil, que atualmente ocupa o cargo de Secretário Estadual de Agricultura e Pecuária, também está entre os investigados.

    Por outro lado, o código que foi utilizado por adversários do candidato a prefeito do PL nos materiais distribuídos foi o 21, enquanto o número registrado oficialmente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) era 22, criando uma confusão significativa.

    Um caso semelhante ocorreu com um candidato a vereador, que teve seu número de urna incorretamente divulgado. Seus oponentes usaram o código 24000, quando na verdade sua candidatura foi registrada como 25000.

    A ação judicial aponta que tais práticas visam a prática de crimes eleitorais, levando à anulação dos votos dos eleitores. Investigação revelou que mais de 2,4 mil votantes anularam seus votos para a prefeitura digitando 21, um número que, se fosse digitado corretamente, teria garantido a vitória a Paulinho sobre Gentil Neto.

    “A estratégia de distribuir santinhos com a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitando votos para os números falsos 21 e 24000 tinha como objetivo induzir os eleitores a cometerem erros e, consequentemente, anular seus votos. Isso se confirmou, com 2.413 eleitores decidindo anular suas escolhas”, afirmou outra parte do documento judicial.

    Com o avanço da situação nas instâncias judiciais, a juíza Gisa Fernanda Nery Mendonça Benício, da 4ª Zona Eleitoral, determinou uma audiência de instrução que estava marcada para o dia 15 de abril de 2025, às 8h30, no salão de audiências da 2ª Vara Criminal do Fórum de Justiça Comum de Caxias/MA.

    A data, contudo, acabou sendo suspensa pelo juiz Marcelo Elias Matos e Oka, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA), em resposta a um mandado de segurança com pedido de concessão de tutela de urgência inaudita altera pars impetrado por Fabio Gentil.

    A Ação de Investigação Judicial Eleitoral foi proposta após as eleições por supostos desmandos, fraudes, uso da máquina pública, compra de votos com uso de Pix, uso de deep fakes, além de inúmeros outros ilícitos.

    Uma resposta

    1. Política é o meio mais nojento que existe…eles fazem isso msm, usam de situações covardes pra prejudicar o outro candidato…SÃO NOJENTOS msm…Política é lugar de gente sem escrúpulos.

    Deixe uma resposta