Em meio a COP30, realizada em Belém (PA), o deputado Júlio Mendonça usou a tribuna para cobrar do Governo do Maranhão ações concretas contra o desmatamento ilegal. Para o parlamentar, o tema ambiental “não é tratado como prioridade” no estado e “discurso não substitui entrega com meta, prazo, responsável e orçamento”.
Segundo os dados apresentados por Mendonça, o Maranhão lidera o desmatamento do Cerrado pelo quinto ano. No último período medido, o bioma perdeu 7.235 km² de vegetação; cerca de 2.006 km² (28%) foram no Maranhão, com forte pressão na região do Matopiba (MA, TO, PI e BA).
O deputado também chamou atenção para um ponto grave: grande parte da supressão de mata nativa tem sido autorizada pela SEMA
“O Maranhão não pode seguir no topo do desmatamento. Grande parte das supressões de mata nativa está sendo autorizada pela SEMA até em áreas de preservação. Quero transparência, revisão das licenças e ação concreta agora”, destacou o deputado
Ele defendeu transparência total nas licenças, auditoria independente e revisão imediata de autorizações irregulares; “tema já mostrado em reportagens nacionais”, citou.
Mendonça sugeriu de forma breve um pacote de medidas simples : reforço e transparência no orçamento de fiscalização, operações contínuas contra grilagem, varredura do CAR com cancelamento de cadastros irregulares, rastreabilidade das cadeias de grãos e pecuária e metas anuais de recuperação de áreas degradadas (com foco em nascentes e APPs).
“Não dá mais para empurrar com a barriga. Sem meta, prazo, responsável e auditoria, é só promessa. A COP30 pede ação e o Maranhão precisa sair do topo do desmatamento com resultado de verdade”, concluiu o deputado.


