A senadora Eliziane Gama foi eleita relatora da CPI das invasões às sedes dos Poderes em 8 de janeiro e ao tentar se pronunciar foi interrompida pelos presentes. A deputada Erika Hilton pediu respeito à única mulher da mesa do colegiado.
Após minutos de interrupção, Gama se pronunciou:
— Nem nos momentos mais terríveis da ditadura vimos o que vimos no dia 8 de janeiro — disse Gama que foi novamente interceptada — mulheres são duas vezes mais interrompidas.
Em seguida, a senadora afirmou que apresentará o plano de trabalho na próxima sessão.
— É uma honra estar ao seu lado — disse a Arthur Maia.
O deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA) foi eleito presidente da CPI e o senador Cid Gomes (PDT-CE) virou o vice-presidente.
A definição dos nomes ocorreu durante a primeira reunião da comissão, que aconteceu na manhã desta quinta-feira no Senado Federal.
O nome de Eliziane Gama foi criticado pela oposição. O senador Marcos do Val (Podemos-ES) disse que ela não tem imparcialidade porque mantém amizade de longa data com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), maranhense como ela.
Por fim, prevaleceu o acordo que estava costurado pelo governo federal e o centrão e escolheu Eliziane.
Respostas de 2
Em sendo assim, Flávio Dino será o relator. Ainda bem que CPI só serve mesmo para desgastar um governo. É um palanque fora de campanha.
Pelo amor de Deus, com essa senhora blindando o ministro mentiroso, pois suas mentiras sobre estar no Ministério já foram mostradas, essa sim vai virar um circo…
Fora que ela é uma péssima senadora…