A situação do ensino superior no Brasil foi tema de debate na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (15) e o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) aproveitou a oportunidade para reforçar a importância da universidade pública, gratuita e de qualidade para um projeto de desenvolvimento da nação.
Ex-professor da Universidade Federal do Maranhão, onde ainda como aluno atuou no movimento estudantil, Jerry disse que a “bandeira em defesa das universidades”, que ele defendeu trinta anos atrás segue mais atual do que nunca.
“Nós temos uma crise grave no nosso país e um ataque sistemático contra a educação em todos os níveis, contra a pesquisa, contra a ciência, contra as universidades, contra os institutos de educação”, disse o deputado, referindo-se ao corte de verbas do governo Bolsonaro.
Segundo o parlamentar, os protestos pela educação no primeiro semestre deste ano foram importantes para pautar o debate político e é preciso que espírito de mobilização seja permanente. “Além dos cortes, nós temos previsões sombrias para o orçamento do próximo ano. Temos também incapacidade gerencial do governo Bolsonaro para aplicar o pouco recurso disponível”, criticou.
Presente no debate, o estudante Pedro Gorki, presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), criticou o programa Future-se, lançado pelo Ministério da Educação, e disse que o grito da rebeldia estudantil é para preservar o direito à educação como “política pública fundamental não somente para nossa vida, mas para a construção de um país democrático e desenvolvido”.
“Suicídio da República é não ouvir a voz de jovens como eu que, cotidianamente, nas escolas e universidades brasileiras, têm um único desejo: desenvolver a nossa vida, mas sobretudo desenvolver o nosso país. Escutem os estudantes”, completou o líder estudantil.