Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Humberto Costa (PT-PE) realizarão nesta terça-feira (25) o lançamento do livro “A Política Contra o Vírus: Bastidores da CPI da Covid” (Companhia das Letras), obra que traz relatos sobre a comissão que investigou a atuação do governo de Jair Bolsonaro (PL) durante a maior crise sanitária do país neste século.
O evento de lançamento ocorrerá na Livraria Leonardo da Vinci, no Rio de Janeiro, a partir das 18h.
O envolvimento da empresária Luiza Trajano na compra de vacinas, as decisões tomadas durante almoços na casa do senador Omar Aziz (PSD-AM) e supostas estratégias adotadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para se esquivar de investigações estão entre as histórias apresentadas no livro escrito pelos senadores.
Em uma das passagens, Randolfe Rodrigues e Humberto Costa detalham um encontro ocorrido entre Jair Bolsonaro e o ex-presidente José Sarney (MDB). Na ocasião, o atual mandatário teria ido à casa do emedebista em busca de apoio de senadores para que o governo pudesse enfrentar a CPI.
“Segundo informações de bastidores, o capitão-presidente teria relatado a Sarney sua insatisfação com o ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre —do mesmo Amapá por onde Sarney foi senador por 24 anos, de 1991 a 2015—, que o teria ‘deixado na mão’ depois de lhe prometer que ‘mataria essa no peito e agora sumiu no mato, fica fugindo de mim e eu não consigo falar'”, afirma um trecho do livro.
De acordo com os parlamentares, Sarney mais ouviu do que falou. “Nessa investida solitária e improvisada, Bolsonaro se revelou um presidente sem articulação e sem anteparos no Senado. Era a busca por um pacto desesperado com a ‘velha política’ que ele tanto dizia abominar'”, dizem na obra.
José Sarney anunciou nesta segunda-feira (24) voto em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da disputa à Presidência, como forma de defender a democracia.(Com informações da Folha de SP)
Uma resposta
Era mesmo de se esperar o apoio do Senhor Sarney a Lula: afinal, este “construiu” a Refinaria de Bacabeira, que é invisível até hoje.