O cenário político do Maranhão em 2025 guarda semelhanças claras com o vivido em 2021. À época, Carlos Brandão — então vice-governador — iniciou uma movimentação intensa, ainda no primeiro semestre do ano anterior à eleição, para consolidar seu nome como sucessor de Flávio Dino. Hoje, é Felipe Camarão quem segue caminho semelhante, movimentando-se com legitimidade para viabilizar sua candidatura ao governo estadual em 2026.
Em 2021, Brandão começou o ano articulando politicamente enquanto exercia interinamente o governo, como no caso da eleição da FAMEM. Em janeiro atuou diretamente na eleição da FAMEM com a candidatura do então prefeito de Caxias, Fábio Gentil, hoje seu secretário.
Em fevereiro, percorria o estado ao lado de secretários de governo, vistoriando obras e anunciando ações em áreas como saúde e infraestrutura. Em março, com o aval público de Flávio Dino, intensificou sua presença em eventos, despachou obras e recebeu prefeitos, inclusive tratando de demandas municipais e liberando recursos.

Ao longo daquele ano, Brandão atuou de forma ampla: em abril, inaugurava obras como vice-governador e assinava ordens de serviço (veja aqui); em julho, reuniu mais de 100 prefeitos (veja aqui e aqui) em grandes eventos políticos sempre com estrutura de governo e sem qualquer tipo de veto dentro da base aliada. Em setembro, deputados começaram a declarar apoio publicamente(veja aqui) e perfis nas redes sociais passaram a divulgar agendas e ações do vice com foco eleitoral.

Em outubro, o então presidente da Câmara de São Luís, Paulo Victor, sinalizou apoio (veja aqui), que foi repercutido oficialmente em dezembro, após a declaração pública de Flávio Dino, em novembro, consolidando o nome de Brandão como candidato do grupo. Até mesmo a família Sarney começou a se aproximar naquele momento. Flávio Dino sinalizou, fez gestos concretos em favor de Brandão e anunciou tudo em 2021, um ano antes da eleição.

Brandão contava com estrutura de governo, liberdade de articulação e respaldo político claro. Não havia restrições a aliados que o recebessem, declarassem apoio ou se alinhassem à sua pré-candidatura. Pelo contrário: a movimentação foi encorajada e legitimada.

Agora, em 2025, Felipe Camarão ocupa posição semelhante seguindo o mesmo roteiro. Vice-governador e aliado de Carlos Brandão, Camarão começa a costurar sua pré-candidatura de forma aberta, dialogando com prefeitos, lideranças políticas e visitando municípios, com o objetivo de construir grupo e uma base sólida para a disputa de 2026.
Assim como ocorreu com Brandão, não há qualquer irregularidade ou surpresa na movimentação de Felipe Camarão. Ao contrário: trata-se de um movimento legítimo, previsível e respaldado pela prática política recente do próprio grupo. Vice-governador, Felipe Camarão, por sua trajetória dentro do grupo político que foi liderado por Flávio Dino e agora por Carlos Brandão, se apresenta como nome natural à sucessão.
Respostas de 2
Irregularidade ou ilegalidade não há, mas há um profundo desrespeito com a população que o elegeu para trabalhar pelo Maranhão, enquanto isso, Felipe Camarão uso toda a estrutura governamental e dinheiro público para fazer campanha política. UM ABSURSO. É por isso que o Maranhão continua sendo campeão de tudo: miséria, falta de saneamento básico, violência no campo, indicadores sociais, econômicos e educacionais PÉSSIMOS.
Felipe camarão me lembra Luís Fernando em 2014, só que não tem como comparar as mesma personalidade pois Luís Fernando é um baita de um político. Só que andou o Maranhão inteiro como felipe e no final foi traído. Dando vaga para Edinho lobão, e camarão vai abrir vaga para Orleans Brandão!
A história se repete.