Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino bloqueou o deputado Nikolas Ferreira no Twitter. Dessa forma, o parlamentar fica impedido de seguir o perfil de Dino e de ver postagens e comentar nelas.
Neste domingo (26/3), Nikolas Ferreira revelou o bloqueio na rede social.
“Me bloqueou, mas tudo bem. Terça-feira a gente se encontra pessoalmente na CCJ, ministro.” A postagem faz referência a convite feito a Dino, pela Comissão de Constituição e Justiça, para audiência na Câmara.
Dos ministros de Lula, Dino é alvo preferencial da oposição. Parlamentares apontam suposta omissão do ministério para conter os atos de 8 de janeiro. (Metrópoles)
A avaliação (positiva) de bolsonaristas após encontro com Dino
Uma romaria de deputados bolsonaristas e membros da chamada “bancada da bala” foi até o Ministério da Justiça na última terça-feira, 21, para uma reunião com o ministro Flávio Dino. O grupo de quase 30 congressistas entregou ao chefe da Justiça uma lista de demandas em busca de alterar um decreto editado pelo presidente Lula que torna mais duras as regras para registro e aquisição de armas.
Ex-filiado ao PCdoB, o ministro costuma estar em pé de guerra com a oposição. Chamado de “comunista” por parlamentares adversários, Dino anunciou, na véspera do encontro, que ingressaria com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra deputados, muitos dos quais integram a bancada, por espalharem notícias falsas relativas a uma visita dele ao Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
O clima do encontro no Ministério da Justiça, no entanto, foi bem mais cordial. Líder da oposição, o deputado Carlos Jordy (PL-RJ), afirmou que a conversa “foi muito boa”, enquanto o deputado Coronel Telhada (PP-SP) ressaltou que Dino os recebeu “muito bem”.
“Todos queremos um país mais seguro. Temos noção de que nem todas as demandas serão atendidas, mas percebo que temos mais convergências do que divergências”, disse o deputado Marcos Pollon (PL-MS).
“Nós fomos iluminados quando colocamos a sugestão de fazer aquela reunião. Confesso que nunca vi 26 parlamentares saírem daqui do Congresso e serem atendidos por um ministro como nós fomos. Mas o melhor: nós apresentamos alguns pedidos feitos pelo deputado Pollon com muita propriedade, e nós fomos atendidos em uma grande parte”, disse o deputado Alberto Fraga (PL-DF), amigo há décadas do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Nós conversamos bastante e eu acho que o momento é de distensionar”, acrescentou.
Também aliado de Bolsonaro, o deputado Coronel Meira (PL-PE) relatou que sofreu críticas de seus apoiadores em decorrência do encontro com Dino. “Nós temos que construir, e a construção precisa desarmar palanques. Estamos aqui para trabalhar como parlamentar e em defesa do nosso povo e de quem trabalha pelo nosso Brasil”, explicou-se.
Uma nova reunião entre os parlamentares e o ministro da Justiça está prevista para a próxima terça-feira, 28. Na ocasião, Dino vai dar uma resposta sobre os pleitos apresentados pelos congressistas.
Antes mesmo do posicionamento, e em um sinal de bandeira branca, a Comissão de Segurança da Câmara acatou o pedido de transformar a ida de Flávio Dino e outros ministros de Lula em convite – inicialmente, todos os requerimentos eram de convocação, um formato visto como mais rígido por ter a presença obrigatória. Todos os ministros já se comprometeram a comparecer. (Veja)