O futuro ministro do STF (Superior Tribunal Federal), Flávio Dino, deve seguir no comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública por “mais alguns dias”. A jornalistas, Dino disse acreditar que a transição para o futuro ministro deve se concluir ainda nesta semana.
“Creio que nesta semana essa transição se conclui. Espero que, até o final desta semana, o presidente [Lula] possa chegar a essa escolha, chegar a esse nome. Continuo no ministério garantindo a continuidade das atividades, junto com a minha equipe. E qualquer que seja o homem ou a mulher escolhido pelo presidente da República terá em mim toda a transparência […] Terei essa presença por mais alguns dias no ministério, depois, venho para o Senado. Vou ficar no Senado 1 mês e uma semana”, declarou depois de ato realizado pelos Três Poderes para relembrar o 8 de Janeiro.
Os mais cotados para o cargo são o ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski, e o atual secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli. Ambos também compareceram ao evento desta segunda-feira no Congresso. Questionado sobre a possibilidade de assumir o Ministério da Justiça, Cappell evitou comentar sobre a possível indicação de Lewandowski para o cargo.
“Não me cabe avaliar nenhum nome. Reitero. Essa atribuição é de competência exclusiva do presidente da República. Então, cabe ao presidente da República, no tempo que ele julgar adequado, tomar a decisão. E eu tenho certeza que serão as melhoras para o país. A gente segue trabalhando, porque temos desafios cotidianos”, disse a jornalistas após o evento no Congresso.
Capelli também reafirmou que segue trabalhando “e aguardando as orientações do presidente Lula”. Ele também destacou seu compromisso junto a Flávio Dino. Cappelli disse que o atual chefe da pasta está fazendo uma sucessão “acelerada”, dando a entender que Dino quer se inteirar, o quanto antes, dos desafios que terá à frente do Supremo Tribunal Federal.
Mesmo após a escolha de Lula, Flávio Dino deve ficar por mais alguns dias na pasta, onde terminará de conduzir a transição. Depois, assumirá, por um mês e uma semana, a cadeira no Senado para a qual foi eleito em 2022. Por ter assumido o Ministério da Justiça, ele ainda não exerceu o cargo desde que tomou posse, em fevereiro de 2023.
Apesar de ser o atual ministro da Justiça, Dino foi eleito senador em 2022. Indicado por Lula ao Supremo, foi aprovado pela Casa Alta em dezembro. Deve tomar posse como integrante da Corte em 22 de fevereiro.
Quando questionado sobre o ministro aposentado Ricardo Lewandowski, Dino não respondeu. Lewandowski é um dos cotados para assumir o comando do Ministério da Justiça.