• Flávio Dino encaminha para PF suspeitas de fraudes em auxílios pagos na gestão Bolsonaro

    O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, informou que encaminhou para a Polícia Federal os indícios de fraudes nos pagamentos de auxílios na gestão de Jair Bolsonaro (PL). A afirmação foi feita nesta terça-feira 6, nas redes sociais do ministro.

    As suspeitas citadas versam sobre inconsistências identificadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) no pagamento de auxílios para caminhoneiros e taxistas, benefícios criados na gestão anterior às vésperas das eleições. A ordem da fraude chegaria a 6 bilhões de reais.

    Há ainda suspeitas sobre os pagamentos do Auxílio Brasil. Neste caso, a gestão de Bolsonaro pode ter desembolsado quase 4 bilhões irregularmente. O CadÚnico, base de dados usada para o pagamento, por exemplo, tinha mais de 1 milhão de falecidos que ainda constavam como ativos na gestão passada.

    As suspeitas agora, segundo Dino, serão investigadas pela PF:

    “A Controladoria Geral da União (CGU) identificou indícios de fraudes no pagamento de auxílio-taxista e de auxílio-caminhoneiro, em 2022. Estou enviando os relatórios à Polícia Federal para investigação dos agentes responsáveis pelos pagamentos indevidos”, escreveu o ministro.

    Auditoria da CGU apontou os seguintes indícios de pagamentos indevidos: R$ 1,39 bilhão para taxistas, o equivalente a 78% dos beneficiários atendidos pelo programa; R$ 582,8 milhões pagos indevidamente a caminhoneiros, o que corresponde a 27,32% dos beneficiários atendidos.

    Segundo o órgão, em ambos os casos foram pagos auxílio para pessoas que não estabeleciam os critérios mínimos exigidos para serem atendidos pelos programas do governo. Entre as irregularidades, constam CPF irregular, pessoas que moram fora do Brasil, motorista sem habilitação para dirigir e até gente morta.

    Auditoria ainda mostrou que o pagamento pode ter sido feito sem que o beneficiário tivesse solicitado. Também apontou que as bases de dados usadas para conceder o benefício eram frágeis.

    Auxílios foram criados em julho do ano passado, às vésperas da eleição presidencial, por uma emenda que decretou estado de emergência por causa da alta no preço dos combustíveis. Os motoristas receberam até seis parcelas, que podiam chegar a R$ 1.000 cada. Os benefícios foram extintos em dezembro de 2022.

    Uma resposta

    1. Engraçado que, fraudes no Bolsa Família existe faz tempo… onde casos de esposa e filha de políticos recebiam o benefício. Bem, as gestões, qualquer que sejam elas, tem culpa de uma parcela da população ser desonesta???????

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