O governo federal tem até esta segunda-feira para responder à determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, e mobilizar “todo o contingente tecnicamente cabível” para combater incêndios na Amazônia e no Pantanal. A medida vale para as Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e órgãos de fiscalização ambiental.
Atualmente, 58% do território nacional é afetado pela seca, propiciando a intensificação dos incêndios. Corumbá (MS) é o município com mais foco de calor em todo o país (4.395 focos) e Mato Grosso é o estado campeão (26.480 focos).
Na Amazônia, até 1º de setembro 1,6% do bioma já havia sido queimado, o que significa uma área de 16.718.025 hectares. Só na última semana, houve um aumento de 1.510.250 hectares na área queimada do bioma.
Lá, dos 189 incêndios identificados pelo governo federal, 31 já foram extintos, 158 seguem ativos, dos quais 76 estão controlados. Atualmente, 1.468 brigadistas do Ibama e do ICMBio atuam na Amazônia.
No Pantanal, até 1º de setembro, 11,05% do bioma foi queimado. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, já afirmou se o cenário continuar com esses padrões, o bioma pode sumir até o final do século.
Atualmente, 464 brigadistas do Ibama e ICMBio atual no bioma, junto com 353 militares, 80 agentes da Força Nacional e 10 agentes da Polícia Federal. Outros 238 profissionais da PRF atuam na segurança das rodovias federais do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e reportam incêndios florestais em suas margens. Ao todo, 601 animais silvestres foram resgatados.
O governo identificou 112 focos de incêndio até o dia 3 de setembro, sendo que 72 foram extintos, 40 estão ativos e 26 controlado.
No Pantanal, estão em operação 7 aviões e 4 helicópteros do ICMBio e do Ibama, além de um avião e 4 helicópteros das Forças Armadas. Há, ainda, 44 embarcações das Forças Armadas, seis do Ibama e ICMBio e uma da polícia federal.