Leandro da Silva Sousa, conhecido pelo apelido de “Mala”, é o homem acusado de ser responsável pela morte do delegado Márcio Mendes Silveira durante uma operação policial na zona rural de Caxias, Maranhão, na última quinta-feira (10). Em depoimento prestado à Polícia Civil, Leandro confessou ter disparado contra os agentes que invadiram sua casa, alegando não ter a menor ideia de que eram policiais.
De acordo com o relato feito na tarde de sexta-feira (11), Leandro afirmou que estava dormindo após um dia cansativo de trabalho quando ouviu batidas fortes na porta da sua residência. Assustado, ele disse que se armou com uma espingarda calibre 20 que tinha ao seu lado e disparou contra os intrusos, acreditando que se tratava de uma invasão. Ele não percebeu que eram policiais por não ter visto fardas ou ouvido qualquer anúncio de voz de prisão.
Após efetuar um segundo disparo, Leandro fugiu pelo matagal, levando consigo as armas de alguns dos policiais feridos, incluindo um fuzil. Ele alegou que abandonou o armamento durante a fuga e permaneceu escondido na mata durante a noite. No dia seguinte, sem dormir, tentou se entregar à polícia com a ajuda do irmão, mas acabou sendo capturado antes de conseguir se apresentar.
A prisão ocorreu na localidade conhecida como Jenipapeiro e foi coordenada pelo delegado Jair Paiva. Durante seu interrogatório, Leandro admitiu que já havia sido preso anteriormente, revelou ter três filhos (dos quais não cuida) e negou ter alguma deficiência. Também comentou sobre uma motocicleta roubada que foi encontrada em sua casa, afirmando tê-la adquirido há aproximadamente sete anos de um homem que já faleceu.
O delegado Márcio Mendes, que estava à frente do 4º Distrito Policial de Caxias, foi atingido por um tiro no pescoço e morreu no local. Outros dois policiais civis também foram feridos, mas estão estáveis e internados em Teresina, fora de perigo. Leandro, neste momento, permanece sob custódia, aguardando a decisão da Justiça.