O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), trabalha para emplacar o deputado André Fufuca (PP-MA) como relator da CPI Mista do 8 de janeiro no Congresso Nacional.
Atual líder do partido de Lira na Casa, Fufuca, que apoiou a reeleição de Jair Bolsonaro, é considerado homem de confiança do presidente da Câmara. A indicação dele garantirá a Lira forte influência sobre a CPMI.
Fufuca chegou a ser cotado para relatar o novo arcabouço fiscal. O presidente da Câmara, porém, acabou optando por outro aliado: o deputado Cláudio Cajado (PP-BA).
A expectativa é de que a CPMI seja criada em sessão do Congresso marcada para quarta-feira (26/4). A presidência da comissão ficará com um senador.
Base de Lula
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou nesta quinta-feira 20 que partidos da base de apoio ao governo Lula ocuparão a presidência e a relatoria da futura CPMI sobre os atos golpistas de 8 de Janeiro. Segundo ele, os aliados da gestão federal “terão maioria” no colegiado.
Nas últimas horas, houve uma mudança na avaliação do governo sobre a CPMI. Lula se manifestou em diversas ocasiões contra a abertura da comissão, por entender que ela serviria apenas para desgastar o governo e funcionar como um palanque para a oposição.
O cenário se alterou, porém, com a demissão de Gonçalves Dias do Gabinete de Segurança Institucional, após a divulgação de um conjunto de novas imagens sobre os ataques.
Nesta quinta 20, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, declarou que o governo federal está orientando os líderes no Congresso a apoiarem a criação do colegiado.