• Maranhão continua no topo do ranking de obras federais não concluídas, revela TCU

    O estado do Maranhão segue liderando o ranking das obras federais que se encontram paralisadas, segundo os dados mais recentes apresentados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Esta informação foi divulgada na sessão plenária realizada na quarta-feira, 30 de julho, pelo presidente do TCU, ministro Vital do Rêgo. A atualização faz parte do Painel de Obras Paralisadas, uma ferramenta criada em 2020 para aumentar a transparência sobre projetos financiados com recursos públicos federais.

    Reforma da Praça da Saudade, em Itapecuru-Mirim, é uma das obras federais paralisadas no Maranhão. Blog Daniel Matos

    Até abril de 2025, um total de 22.621 obras foi catalogado, com 11.469 delas, ou seja, 50,7%, ainda parados. No Maranhão, o número chega a 1.225 obras, liderando a lista entre os estados, seguido pela Bahia com 926, Pará com 889 e Minas Gerais com 874. Esses números evidenciam a necessidade urgente de direcionar esforços para resolver essa situação, especialmente em áreas mais afetadas.

    Em termos financeiros, os investimentos em obras paralisadas já totalizam aproximadamente R$ 15,9 bilhões, refletindo o risco de desperdício de recursos públicos caso a problemática não seja abordada eficazmente. Outro dado alarmante é que cerca de 22% das novas obras iniciadas entre abril de 2024 e abril de 2025 já enfrentam paralisações; dessas, cerca de 1.200 estão inativas.

    As áreas mais impactadas pela interrupção das obras são educação e saúde, que juntas correspondem a 70% do total das paralisações, somando 8.053 obras. O presidente Vital do Rêgo destacou a gravidade da situação, ressaltando que a falta de estruturas essenciais, como escolas, creches e centros de saúde, afeta diretamente o cotidiano da população e o desenvolvimento do país.

    O TCU também evidenciou a situação crítica nos estados do Maranhão, Bahia, Pará e Minas Gerais, que em conjunto somam quase quatro mil obras inacabadas. O ministro ressaltou que, para melhorar o cenário em nível nacional, é fundamental concentrar esforços nessas regiões específicas.

    Diante desse panorama, o TCU tem intensificado suas ações, promovendo auditorias e parcerias com outras instituições. Destacam-se iniciativas como o monitoramento do Acórdão 2.134/2023, que obriga à Casa Civil a elaboração de um plano de gestão para a carteira federal de obras públicas. Além disso, o Tribunal acompanha a política de recuperação de obras na educação, trabalhado em cooperação com vários órgãos de controle, utilizando tecnologias e envolvimento cidadão.

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