• ‘Não há possibilidade de apoiar Bolsonaro’, diz Paulinho da Força

    A relação entre o deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, e os dirigentes do PT já estava abalada depois que ele foi vaiado na quinta-feira (4) no encontro com sindicalistas, mesmo fazendo parte da aliança em favor da chapa Lula-Alckmin. Ontem, a situação piorou com o vazamento de áudio revelado pelo site O Antagonista em que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, convida Paulinho para trocar de lado e apoiar o governo. Na resposta, o deputado confirma seu incômodo. À coluna, o presidente do Solidariedade disse que vai se manter na oposição.

    “Não há nenhuma possibilidade de o Solidariedade apoiar o Bolsonaro e o Ciro Nogueira sabe disso”, garantiu Paulinho da Força.

    No áudio, Ciro Nogueira convida o deputado a apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro, dizendo que ao seu lado “vai ser só festa, alegria e bons amigos”. “Não é muito melhor tratar comigo do que tratar com porra de Gleisi, rapaz?”, diz o ministro. O deputado respondeu concordando: “Começando a pensar em aderir a esse seu blocão aí, viu, cara?”.

    Paulinho destacou à coluna que é muito amigo de Ciro Nogueira e que tudo não passou de brincadeira. “É companheiro meu há muito tempo, independente de partido, independente de cargo que ele ocupe ou eu ocupe”, explicou o parlamentar. “Ele fez uma brincadeira comigo, eu fiz com ele, o áudio acabou vazando, e ficou até engraçado porque era uma conversa de amigos. Quando vaza fica parecendo algo além daquilo”.

    Depois do desentendimento, Paulinho desmarcou uma reunião da Executiva do Solidariedade que ocorreria no dia 3 de abril com o objetivo de selar a aliança com o PT. “Resolvi suspender para avaliar, porque nós não queremos ser o patinho feio da aliança”, diz ele. “O Solidariedade quer fazer parte de uma aliança ampla para tirar o governo Bolsonaro com aqueles que estão descontentes e não apenas com parte da esquerda”.

    “É dar uma balançada na carroça para arrumar a carga”, brinca.

    Uma resposta

    1. Em política não exite fidelidade, mas, sim, conveniências e defesas de interesses pessoais. Como disse Vitor Leal, ” em política vale tudo, só não vale perder”.
      Paulinho da Força é mais um personagem do esgoto da política partidária emporcalhado na corrupção, e ele não é o único nessa situação. Enfim, não há plano de restaurar o país ou resolver os problemas sociais do povo, o único plano de Lula, Bolsonaro e afins é plano de poder pessoal e controle dos cofres públicos. O eleitor ingênuo que acha o contrário, deve viver outra realidade que não seja essa que nos cerca infelizmente.

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