A mudança no comando Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) mencionada por Jair Bolsonaro nessa semana significou a troca de uma aliada do ex-presidente José Sarney (MDB) por uma servidora pública esposa de um ex-segurança do presidente.
A troca começou em dezembro de 2019, quando Bolsonaro exonerou da presidência do Iphan a historiadora maranhense Kátia Santos Bogéa. Ela estava no cargo desde o início do governo Michel Temer, em 2016, por indicação de Sarney, a quem é muito ligada.
Ainda em dezembro, o presidente chegou a nomear a arquiteta Luciana Rocha Feres para o comando do órgão, mas cancelou o ato no dia seguinte. O Iphan, então, ficou sem presidente até maio, quando o governo nomeou para o cargo Larissa Rodrigues Peixoto Dutra.
Servidora pública concursada do Ministério do Turismo desde 2008, Larissa é casada com o policial federal Gerson Dutra. Ele foi um dos agentes que participaram da segurança do então candidato a Presidência da República Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.
A troca no Iphan foi trazida à tona por Bolsonaro durante discurso em evento da Federação das Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp) na quarta-feira (15/12). Em sua fala, o presidente disse que “ripou todo mundo” do Iphan após o órgão interditar a construção de uma loja do empresário bolsonarista Luciano Hang. (Com informações do Metrópoles)