• Para 55% da população, Lula não merece mais uma chance em 2026; Michelle e Tarcísio lideram como opções para substituir Bolsonaro

    A maioria dos brasileiros avalia que, hoje, pouco antes de completar um ano e meio de seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não merece mais uma chance como presidente nas eleições de 2026. De acordo com dados da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira, 13, são 55% os que rejeitam um novo mandato para Lula, enquanto 42% acham que o petista merece mais uma chance. Os que não souberam ou não responderam são 3%.

    A pesquisa foi realizada com 2.045 eleitores, de forma presencial, entre os dias 2 e 6 de maio. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

    “Embora ainda esteja distante, a eleição de 2026 já começa a se desenhar. Lula terá que ganhar a confiança da maioria para merecer mais uma chance. Os nomes da oposição trabalham para ganhar conhecimento”, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest.

    Segundo o levantamento, a única região em que a maioria do eleitorado defende que Lula tenha nova oportunidade em 2026 é o Nordeste, onde 60% apontaram essa opção e 38% rejeitaram a hipótese.

    A situação de Lula é mais difícil no Sudeste, onde os que rejeitam uma nova chance ao petista são 63%. Em contrapartida, 33% defendem que ele merece uma nova chance. No Sul, são 59% os que também rejeitam uma nova eleição de Lula, enquanto 39% apoiam. No conjunto as regiões Centro-Oeste e Norte, são 58% os que defendem que Lula não merece nova chance e 37% os que apontam o contrário.

    Apesar de Lula ter resultado melhor entre as mulheres, também entre elas 52% rejeitam um novo mandato ao petista (são 59% entre os homens), e 45% os que apoiam (38% no eleitorado masculino).

    Lula tem maioria de apoio na faixa de renda até 2 salários mínimos (54% a 43%) e na faixa de ensino fundamental (54% a 44%). Por outro lado, tem resultado bem piores na faixa até cinco salários mínimos (66% contrários e 29% favoráveis) e no ensino superior (63% a 32%).

    Mesmo entre os eleitores do petista há uma parcela que não quer uma nova chance a Lula. Enquanto 74% dos que votaram no presidente no segundo turno defendem outra oportunidade, 23% rejeitam essa hipótese. Naturalmente, a insatisfação é maior entre os eleitores de Bolsonaro. Nesse grupo, 93% acham que Lula não merece nova chance e 6% defendem que merece. Por fim, entre aqueles que votaram em branco, nulo ou não foram votar, 63% rejeitam um novo mandato para Lula e 31% apoiam.

    Apesar da rejeição majoritária a um novo mandato, Lula é a figura política com o maior índice de voto entre os personagens testados. Ele poderia receber o voto de 47% dos eleitores, contra 39% do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível, 32% do ministro da Fazenda Fernando Haddad e 33% da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

    Por outro lado, são 54% os que não votariam em Bolsonaro, 50% os que não depositariam sua confiança em Haddad e Michelle e 49% no caso do presidente. Outras figuras, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), o de Minas, Romeu Zema (Novo), e o de Goiás, Ronaldo Caiado (União) possuem potenciais de voto e rejeições menores, pois possuem grandes parcelas de desconhecimento no eleitorado. A pesquisa também mediu quem seria, na visão do eleitorado, a melhor opção para substituir Bolsonaro nas urnas em 2026 como nome da direita. Os mais citados foram Michelle Bolsonaro (28%) e Tarcísio de Freitas (24%).

    Michelle e Tarcísio lideram como opções para substituir Bolsonaro

    A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), são os dois nomes mais citados como opções para uma substituição a Jair Bolsonaro (PL) em 2026. É o que aponta a pesquisa Genial/Quaest revelada nesta segunda-feira, 13. O ex-presidente está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tenta reverter a decisão por meio de recursos.

    De acordo com os dados, Michelle Bolsonaro é apontada como melhor opção por 28% dos eleitores brasileiros. Tarcísio de Freitas aparece com 24%. Como a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, Michelle poderia ter entre 22% e 26%, enquanto Tarcísio poderia variar de 22% a 26%. Neste cenário, a situação seria de empate técnico entre as duas opções à direita.

    Além de Michelle e Tarcísio, a pesquisa mediu também os nomes do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), citado por 10% dos eleitores; do de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), apontado por 7%; e o do de Goiás, Ronaldo Caiado (União); escolhido por 5%. Os que não souberam ou não responderam a essa questão são 26%.

    Se considerados apenas os eleitores de Bolsonaro, o nome de Michelle tem vantagem maior em relação ao de Tarcísio. Entre esses, são 41% os que citam a ex-primeira-dama como opção, enquanto 33% citam Tarcísio. Ratinho foi apontado por 7%. Caiado e Zema, por 5%.

    Entre os Lulistas, 21% apontam Michelle como melhor para enfrentar o atual presidente no lugar de Bolsonaro. São 19% os que citam Tarcísio. Ratinho (12%), Zema (9%) e Caiado (5%) aparecem na sequência. São 34% os petistas que não souberam ou não responderam sobre o substituto do adversário de seu candidato nas últimas eleições.

    A pesquisa também mediu como o eleitor se comportaria caso Bolsonaro escolhesse Tarcísio de Freitas como seu substituto. Neste caso, 46% dizem que votariam em Lula, 40% escolheriam o governador de São Paulo, 8% votariam em branco, nulo ou não votariam, e 6% não souberam ou não responderam.

    A pesquisa também mediu o potencial de voto de possíveis nove nomes à Presidência da República. Lula poderia receber o voto de 47% atualmente e não receberia o de 49%. Na sequência, entre os que hoje ostentam maior potencial de “votariam”, estão Bolsonaro, com 39%, Michelle, com 33% e Fernando Haddad, com 32%. Tarcísio de Freitas poderia receber o voto de 28% dos brasileiros. Apesar do índice menor do que o de Michelle, como ele tem também um nível de conhecimento menor, sua rejeição é mais baixa. Enquanto 30% dizem que não votariam no governador de São Paulo, 50% apontam que não votariam em Michelle. No caso de Lula, são 49% de rejeição. A maior é a de Jair Bolsonaro, que não receberia o voto de 54% dos brasileiros. Veja todos os índices de potencial de voto segundo a Genial/Quaest:

    A pesquisa, que também mostrou que a maioria dos brasileiros defende que Lula não merece uma nova chance em 2026, foi realizada com 2.045 eleitores, de forma presencial, entre os dias 2 e 6 de maio. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

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