O PDT e o PSB avançaram em uma aliança após uma reunião entre os dirigentes Carlos Lupi e Carlos Siqueira. Os partidos deverão formar um bloco na Câmara dos Deputados e compor uma ampla aliança nas eleições municipais de 2024.
Em cidades estratégicas, o PDT deverá indicar o candidato a prefeito e o PSB a vice. E vice-versa.
No Maranhão, o PSB é liderado pelo senador eleito Flávio Dino e o governador Carlos Brandão. Já o PDT é comandado pelo senador Weverton.
O bloco partidário tem o objetivo de fazer com que, juntas, as siglas possam pleitear postos mais relevantes na mesa diretora. As siglas saíram enfraquecidas após as eleições deste ano. Atualmente com 23 deputados, o PSB elegeu 14 para a legislatura que se iniciará no ano que vem. Já os pedetistas caíram de 19 para 17.
Para além do bloco partidário, há pessoas influentes em ambos os partidos que defendem até mesmo a fusão entre PSB e PDT.
Procurados, tanto Lupi quanto Siqueira afirmam que não chegaram a conversar sobre fusão. Outra possibilidade, mais concreta, é a de que socialistas e pedetistas formalizem uma federação na Câmara, o que é considerado um passo além da já encaminhada formação de bloco partidário. Com informações do Metrópoles.
Uma resposta
PDT, emergências, enigmas e desafios.
Está aí o PDT com suas dificuldades transitórias, emergências, enigmas e desafios. No plano nacional, a ideia de assumir o PTB, combalido, de triste memória desde Ivete Vargas, passando pelo famigerado Roberto Jefferson, nem pensar.
A outra opção, – fusão com o PSB – ambos perderiam sua identidade, e não dá para comparar a história de um e de outro, embora respeitemos Miguel Arraes e Eduardo Campos, mas longe estamos da grandeza histórica do Brizola, Darcy Ribeiro, Pasqualini, Abdias Nascimento, Doutel de Andrade, Francisco Julião, Neiva Moreira, Jackson Lago, Teotônio dos Santos, para citar os principais líderes da agremiação.
De mais a mais, tal ideia, se implementada, causaria a morte prematura do PDT aqui no Maranhão, posto que o governador Carlos Brandão e o senador Flávio Dino tenderiam a dirigir o partido resultante.
A alternativa de criar uma federação em que cada qual manteria sua identidade, caminhando juntos em programa e atitudes comuns será sempre objeto de tensão nos estados. Mesmo sendo o PDT maior que o PSB em nível nacional, aqui no Maranhão um arranjo partidário desse tipo irá se defrontar com decisões difíceis e conflitantes nas eleições de 2026.
Restaria, no meu entender, a opção da formação de um bloco parlamentar, com identidades preservadas e passos comuns em assuntos de real interesse do povo brasileiro. Isto é uma ideia extraordinária? Claro que não, mas nas circunstâncias atuais talvez a mais palatável.
Fora isso, o que se oferece ao PDT pós eleição no Maranhão? Aceitar compor com o governo Brandão se chamaria de RENDIÇÃO, e com essa atitude o partido estaria dizendo à sociedade que declina de ser a OPOSIÇÃO consciente e necessária desses tempos obscuros.
O Jornal Pequeno que, no campo da imprensa, cumpria o papel de levar aos seus leitores a luta oposicionista, tomou a sua legítima posição de estar com o governo, e com essa atitude abre espaço para o nascimento de um DIÁRIO que tenha essa finalidade.
Vejo com bons olhos a ideia do senador Weverton de instituir o OBSERVATÓRIO DO MARANHÃO, a partir do qual o PDT cumpriria o papel de construir uma visão equilibrada e democrática das políticas públicas do Governo Brandão, com base no Plano de Governo que a sua equipe elaborou e que contou com consultores experientes de norte a sul do Brasil.