A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, acusados de participação em fraudes bilionárias contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é um desdobramento da Operação Sem Desconto, que apura um esquema nacional de descontos associativos indevidos em aposentadorias e pensões.
A PF aponta que as investigações revelaram que os envolvidos praticaram “os crimes de impedimento ou embaraço de investigação de organização criminosa, dilapidação e ocultação de patrimônio, além da possível obstrução da investigação por parte de alguns investigados.” Ao todo, segundo a corporação, “estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 13 mandados de busca e apreensão, autorizados pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados de São Paulo e no Distrito Federal”.
Antunes atuava como lobista e “facilitador” das fraudes, enquanto Camisotti é apontado como sócio oculto de uma das entidades envolvidas e beneficiário direto do esquema. A PF detalhou ainda que associações de fachada eram usadas para cadastrar aposentados sem autorização, mediante assinaturas falsas, possibilitando descontos mensais nos benefícios. Antunes foi levado para a Superintendência do Distrito Federal. Neste momento, os agentes também fazem buscas na casa dele. Segundo as investigações, ele transferiu R$ 9,3 milhões para pessoas relacionadas a servidores do INSS entre 2023 e 2024.
Camisotti, que foi preso em São Paulo, é apontado como sócio oculto de uma entidade e beneficiário das fraudes na Previdência.
Os agentes também estão na casa e no escritório do advogado Nelson Willians, na cidade de São Paulo.
O prejuízo, entre os anos de 2019 e 2024, pode chegar a R$ 6,3 bilhões. Em abril, quando a fraude veio à tona, o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido.
A ação ocorre um dia após a CPI do INSS aprovar a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico de Antunes, que está convocado a prestar depoimento na próxima segunda-feira.
De acordo com as investigações, empresas ligadas ao “Careca do INSS” funcionavam como intermediárias financeiras das associações suspeitas. Essas companhias recebiam os recursos desviados e, em seguida, repassavam os valores a pessoas vinculadas às entidades ou a servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A PF afirma que Antunes recebeu R$ 53 milhões de associações de aposentados e pensionistas. Desse montante, mais de R$ 9 milhões foram transferidos diretamente para pessoas ligadas ao instituto.
Com a prisão, a expectativa é de que o depoimento de Antunes à CPI do INSS ganhe ainda mais relevância para o avanço das investigações sobre o esquema, considerado um dos maiores já identificados contra o sistema previdenciário.
Quem é o ‘Careca do INSS’?
Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “careca do INSS”, movimentou R$ 12,2 milhões em contas bancárias em um prazo 129 dias, pouco mais de quatro meses.
Antunes é citado pela PF como a figura central do suposto esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do instituto.
Suas empresas operavam como intermediárias financeiras para as entidades associativas, de acordo com a documentação da investigação. A defesa dele afirmou que as acusações não correspondem à realidade dos fatos.
A polícia pontua que o empresário realizava “repasses no mesmo dia do recebimento, mantendo saldo pouco significativo disponível em conta, indicando possível urgência em dificultar o rastreamento dos valores”.
Uma resposta
Tô querendo saber é quando vão engaiolar o Vavá, o Frei Chico, irmão de Lula, pelas gatunagens no INSS.
Ah, relembro que Vavá começou suas “atividades” furtando bodes, lá em Caetés-PE e foi “professor” de Lula…