Depois de dois anos sem partido, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acertou filiação ao PL com o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, na tarde desta terça-feira (23).
Segundo nota do partido, o ato de filiação deve ocorrer no próximo dia 30. O anúncio foi feito após uma reunião entre Bolsonaro e o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, no Palácio do Planalto.
A nova data é marcada após o adiamento da filiação de Bolsonaro, que estava marcada antes para o dia 22 de novembro.
O cancelamento do evento ocorreu devido a entraves em alianças regionais. O cenário melhorou depois que Valdemar organizou uma carta branca dos diretórios estaduais para que ele pudesse negociar a situação de cada estado conforme achasse melhor para viabilizar a entrada de Bolsonaro.
A filiação chegou a ser marcada para o dia 22, mas estava suspensa, segundo o próprio PL, após “após uma intensa troca de mensagens na madrugada” no 14 de novembro. Bolsonaro se irritou com o fato de, em diversos estados, haver a perspectiva de alianças em 2022 com nomes de oposição, de partidos como PT e PSB.
O cálculo do presidente do PL é pragmático e visa aumentar a bancada de deputados e senadores.
Na manhã desta terça, Bolsonaro afirmou em uma entrevista que o processo de filiação estava “praticamente resolvido” e que deveria conversar com Costa Neto “nos próximos dias”.
— Está praticamente resolvido. Eu converso com ele nos próximos dias. Está quase fechado. Mas, na política, só está fechado depois que fecha.
Há disputas em diversos estados que devem levar quadros do PL a saírem do partido, como antecipou o GLOBO. O secretário de Infraestrutura de Alagoas Maurício Quintella já comunicou internamente sua saída. No Ceará, Piauí, Pernambuco, Alagoas, Pará e Roraima, segundo integrantes da sigla, tem havido problemas.
Marcelo Ramos (PL-AM), vice-presidente da Câmara dos Deputados, prometeu sair caso Bolsonaro se filiasse, mas agora diz a interlocutores que tentará uma solução de consenso com Valdemar.