• Presidente do PSDB diz que aliança com MDB depende de três estados

    Com a retirada da pré-candidatura de João Doria (PSDB), avançam as negociações entre o PSDB e o MDB em torno do apoio tucano à Simone Tebet (MDB) na corrida presidencial. Em entrevista ao Estadão, Bruno Araújo, presidente do PSDB, contou que entre as condições discutidas, está o apoio do MDB aos candidatos tucanos ao governo do estado no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Pernambuco.

    “O terceiro pilar é a reciprocidade nos palanques regionais, que são fundamentais para o PSDB. O Rio Grande do Sul, onde liderança de Eduardo Leite é primordial na eleição estadual. Isso se repete em Mato Grosso do Sul, Estado da senadora Simone Tebet e governado pelo PSDB. (…) E Raquel Lyra em Pernambuco, que é uma das apostas nossa desta renovação de lideranças do PSDB”, disse, revelando que os outros dois pilares em negociação são a escolha do nome de Tebet como pré-candidata do MDB, fato já superado com a confirmação da candidatura da senadora na última terça-feira, e a elaboração de um plano de governo convergente.

    Rodrigo Araújo também avaliou como “absolutamente natural”, caso a aliança se consolide, a indicação de um nome do PSDB para o vice na chapa com Tebet, ressaltando que não é uma prioridade da negociação. Ele também minimizou a resistência dentro do partido que insiste em uma candidatura própria tucana.

    “É uma discussão legítima que, no conteúdo, pode representar o sentimento das raízes do partido, mas na forma está reduzida”, disse.

    Questionado sobre uma possível perda de protagonismo por parte do PSDB ao ficar de fora da disputa presidencial, Araújo criticou a candidatura de Geraldo Alckmin em 2018, afirmando que “a redução de quadros e do tamanho do partido se estabeleceu com o resultado tímido que o PSDB teve na eleição presidencial”.

    Ele disse ainda que atualmente o partido paga o preço pelo “resultado tímido” e que na campanha de Alckmin, conduzida exclusivamente pelo ex-governador de São Paulo sem participação do partido, aconteceram mais erros do que acertos. O Globo

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