A primeira opção de Lula para assumir a intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal era o próprio ministro da Justiça, Flávio Dino.
Assim que bateu o martelo sobre a medida, Lula pediu ao ministro que chefiasse a intervenção. Dino aceitou, mas ligou para Lula minutos depois.
Argumentou que o fato de ter sido eleito senador era um impeditivo para assumir o posto de interventor, pois, desta forma, seu mandato poderia ser contestado judicialmente.
Quando indagado por Lula sobre quem indicaria, então, para assumir o comando da intervenção, Dino viu, da janela de seu gabinete, Ricardo Cappelli, secretário-executivo do ministério, conversando com um grupo de policiais militares na porta do edifício. Àquela altura, Cappelli cobrava empenho dos PMs para conter e prender os invasores.
Sugerido por Dino, o nome do interventor foi avalizado pelo ministro Alexandre Padilha e aceito por Lula. (Do Metrópoles)