Após um período conturbado por conta da troca na direção do partido em março, o União Brasil voltou a ter brigas internas nas últimas semanas. Dessa vez, a treta entre os integrantes da legenda envolve a Operação Overclean, que apura fraudes em licitações e desvios de recursos públicos.
Como a coluna noticiou, um dos principais operadores do esquema, o empresário Marcos Moura, conhecido como Rei do Lixo, é integrante do diretório nacional do União Brasil e amigo de lideranças do partido, como o presidente e o vice, Antonio Rueda e ACM Neto, respectivamente.
Segundo interlocutores do União Brasil, há divergências na sigla sobre como lidar com a crise. Nos bastidores, os próprios integrantes da legenda têm questionado outros colegas do partido por causa da proximidade com o empresário conhecido como o “Rei do Lixo” da Bahia.
O avanço da operação Overclean, como a coluna já noticiou, também tem provocado pânico na Prefeitura de Salvador. O maior receio da cúpula da gestão municipal soteropolitana é de que a investigação chegue no prefeito da capital baiana, Bruno Reis, que é filiado ao União Brasil.
Operação adia até escolha do novo líder
De acordo com parlamentares, a operação teria sido um dos motivos que provocaram o adiamento da escolha do novo líder do partido na Câmara em 2025. O cargo, hoje ocupado pelo deputado federal Elmar Nascimento (BA), só deve ser trocado no começo do mês de fevereiro.
Disputam a liderança do União Brasil na Câmara os deputados Mendonça Filho (PE), Damião Feliciano (PB) e Pedro Lucas Fernandes (MA). Este último é o candidato apoiado pelo presidente nacional do partido, Antônio Rueda. Já Mendonça é mais alinhado ao grupo de Elmar. (Metrópoles)