O ex-presidente José Sarney, que enfrentou crises econômicas e assumiu o país com um cenário de inflação descontrolada, elogiou a atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em conversa antes do início do ato que marcou um ano dos ataques golpistas às sedes dos três Poderes, em Brasília.
O elogio se deu Salão Negro do Congresso Nacional. O ex-presidente brincou e afirmou que, “como se dizia no meu tempo”, Haddad “fez crochê sem linha” no ano passado. Ou seja, que o ministro conseguiu fazer milagre.
No ano passado, a equipe econômica conseguiu aprovar medidas importantes, como a Reforma Tributária, o arcabouço fiscal e venceu uma disputa dentro do governo para assegurar que a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 tivesse meta fiscal de déficit zero.
Isso em um contexto de dificuldade do governo em consolidar uma base no Congresso e em meio a críticas dentro do PT em relação ao que é visto como política de austeridade da equipe econômica.
Lula elogia Sarney
O presidente Lula (PT) disse que não há perdão para aqueles que atentaram contra a democracia, contra o país e contra as pessoas. Ele discursou durante o evento “Democracia Inabalada”, no Congresso Nacional. O ato marcou 1 ano do 8 de Janeiro.
“Todos aqueles que financiaram, planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e contra o seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade. E a impunidade, como salvo-conduto para novos atos terroristas”, afirmou.
Logo no início do seu discurso, Lula elogiou José Sarney, único ex-presidente presente no ato.
“Eu quero cumprimentar minha querida companheira Janja, cumprimentar a nossa querida Lu Alckmin, cumprimentar o meu querido vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e cumprimentar um homem que tem muito a ver com o processo de consolidação do processo democrático brasileiro, que é o José Sarney”, disse Lula.