Antônio José Santos Saraiva, um político do PSDB conhecido como “Sarneyzinho do Maranhão”, foi preso pela Polícia Federal nesta sexta-feira(16). A prisão ocorreu na cidade de Dom Pedro, a cerca de 324 km da capital São Luís.
A prisão aconteceu após pedido do Ministério Público Federal (MPF). A decisão foi motivada por uma representação feita contra Saraiva e movida pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
“Sarneyzinho do Maranhão” foi às redes sociais para avisar que ordenou “seus homens” a executarem o ministro do Superior Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes. O vídeo ganhou repercussão após viralizar nas redes.
“Eu quero mandar um recado aqui para o bandido do Alexandre de Moraes. Aqui quem vos fala é o Sarneyzinho do Maranhão. Cuidado, meu amigo. Meus homens já estão de olho em ti. Já está (sic) te arrudiando (sic) aí em Brasília e em São Paulo. A minha ordem é para te executar”, ameaçou. “Cuidado com tua vida, vagabundo”.
Nas Eleições de 2018, Antonio Jose Santos Saraiva, o Sarneyzinho, concorreu a uma vaga na câmara estadual do Maranhão pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). O candidato garantiu vaga de suplente.
Após a repercussão do caso, o diretório do PSDB do Maranhão expulsou ‘Sarneyzinho do Maranhão’ do partido. A nota assinada pelo presidente, Inácio Melo, diz que a ação do ex-filiado vai contra o estatuto do PSDB e a Constituição Federal do Brasil e reitera a defesa do PSDB à democracia e ao estado republicano brasileiro, “não cabendo em nossas fileiras qualquer um que se reivindique no direito de solapar as bases de nossa democracia”.
A prisão faz parte de uma operação da PF, deflagrada na última quinta-feira (15), contra manifestantes apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que se envolveram em atos antidemocráticos – como os bloqueios em rodovias e protestos em quartéis – além de empresários que promoveram ou financiaram esses protestos.
A informação foi confirmada à CNN por fontes da Polícia Federal. No total, são cumpridos 104 mandados de busca e apreensão em sete estados brasileiros e no Distrito Federal (DF).
Também foram expedidos mandados de prisão, de quebra de sigilo bancário e de bloqueio de contas de dezenas de empresários.
Essa é a maior operação já realizada pela Polícia Federal contra financiadores de atos antidemocráticos.
Ela ocorre no rastro do inquérito dos atos antidemocráticos, que tem Moraes como relator.