• ‘Se prenderem o Bolsonaro, ele elege um poste presidente’, diz Valdemar Costa Neto

    O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou que o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), “elege até um poste para presidente” caso seja preso e fique de fora da corrida eleitoral daqui dois anos. A declaração foi dada, nesta quinta-feira (24), em entrevista a Band News TV, após o ex-deputado federal ser perguntado sobre os planos da legenda para as eleições presidenciais de 2026.

    “Nós [do PL] não temos plano B. O plano é o Bolsonaro de qualquer jeito. Nós vamos ter ele como candidato [à presidência da República]. Eu tenho certeza que nós vamos conseguir isso no Congresso Nacional”, disse Costa Neto.

    Na sequência, o presidente do PL afirmou que Bolsonaro “vai superar” a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que se tornará uma espécie de mártir frente a uma eventual prisão. Segundo Valdemar, diante de uma conjuntura como essa, a “eleição será um passeio” independentemente do nome indicado para a corrida eleitoral.

    “Se prenderem o Bolsonaro, ele elege um poste para presidente da República. Como aconteceu já no passado. Não que a Dilma seja poste, não quero ofendê-la, porque gosto dela como pessoa. Mas o Lula elegeu a Dilma. Nós temos exemplos desses no Brasil. O [Paulo] Maluf, em São Paulo, elegeu o [Celso] Pitta”, defendeu o ex-deputado.

    Em junho do ano passado, Bolsonaro foi condenado à inelegibilidade pelo TSE. Com o placar de 5 a 2, a Corte entendeu que o ex-presidente praticou abuso de poder político e usou indevidamente os meios de comunicação ao atacar, sem provas, as urnas eletrônicas em uma reunião com embaixadores às vésperas da campanha de 2022.

    Seis meses após deixar o poder, Bolsonaro ficou impedido de disputar um cargo público até 2030. Com isso, o político se tornou o primeiro ex-presidente na História a perder os direitos políticos em um julgamento no TSE. À época, em entrevista logo após a decisão, ele disse não ter cometido irregularidades e que agora será um “cabo eleitoral de luxo”.

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