O homem que morreu após explosões na Praça dos Três Poderes em Brasília nesta quarta (13) era de Santa Catarina, tinha 59 anos e estava no Distrito Federal há cerca de quatro meses, de acordo com informações obtidas pelo UOL.
Homem era dono de carro encontrado no Planalto após explosões, segundo informações oficiais. Aos 59 anos de idade, o catarinense de Rio do Sul foi candidato a vereador em 2020 pelo PL. À época, ele recebeu pouco mais de 98 votos — mas não foi eleito para o cargo.
Filho afirma que homem saiu de Santa Catarina há cerca de quatro meses para trabalhar em Brasília. A família não sabia sobre seu paradeiro.
Um carro cheio de artefatos explosivos foi encontrado pela Polícia Militar na Praça dos Três Poderes. O veículo, segundo policial militar que estava no local, seria do homem que foi encontrado morto após explosões em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).
O sargento Santos, da PM do DF, informou que o carro foi parcialmente destruído por um incêndio que foi contido por seguranças que estavam próximos ao local.
Homem trabalhou como chaveiro e camelô. À Justiça Eleitoral em 2020, ele informou também ser casado e ter ensino médio incompleto. Não há registro de outras candidaturas dele a cargos públicos desde então. Nas redes sociais, ele se apresentava como empreendedor, investidor e desenvolvedor.
“Deixaram a raposa entrar no galinheiro”, disse homem ao postar foto no STF hoje. A imagem foi divulgada nas redes sociais nesta quarta (13) horas antes da explosão.
Mensagem de homem prometeu bombas na casa de lideranças políticas. “Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias etc”, disse ele no texto. Homem também fez críticas ao agro e prometia explosões entre 17h48 de hoje e a próxima sábado (16).
Uma das mensagens cita Donald Trump. No texto, ele cita a Ilha de Marajó, local apontado por membros da extrema-direita como ponto de exploração sexual de crianças — ainda que a suspeita não seja baseada em evidências.
Em seu perfil no Facebook, Luiz reproduzia teorias conspiratórias anticomunistas como o QAnon, populares na extrema-direita americana. Em 2020, Luiz foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, partido hoje do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele chegou a visitar o plenário da Corte no dia 24 de agosto e ainda postou uma foto no local. “Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)”, escreveu.
Uma das publicações traz uma foto dele sorrindo dentro do plenário do STF, numa data indeterminada. Ele escreveu abaixo: “Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro) ou não sabem o tamanho das presas ou é burrice mesmo. Provérbios 16:18 (A soberda precede a queda)”.
No seu perfil Francisco escreveu textos com mensagens que indicam o possível atentado em Brasília. “Pai, Tio França não é terrorista, né? (…) Ele apenas soltou uns foguetinhos para comemorar o dia 13. Tem cheio de carniça, igual cachorro quando morre”.
Em outra postagem, faz referência direta à Brasília e a data desta quarta-feira, 13.
“Distrito Federal Brasília 13 novembro 2024. Eu: Francisco Wanderley Luiz mais conhecido Tio França (ETE x PNEU) ‘Miguel’ Sugiro a vocês uma data especial para iniciar uma revolução. Após este grande acontecimento, vocês poderão comemorar a verdadeira proclamação da república!!! ‘Em espírito estarei na linha de frente com minha espada erguida” DEUS NOS ABENÇOE”, escreveu em uma delas, mostrando ter premeditado o ataque.
Em 2020, Luiz foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, partido hoje do ex-presidente Jair Bolsonaro. À Justiça Eleitoral, ele declarou ter Ensino Médio incompleto, ser casado e ter R$ 263 mil em bens, entre eles quatro veículos e um prédio residencial na área urbana de sua cidade.
Ameaças
As redes sociais do homem que é registrado como o dono do carro que pegou fogo no estacionamento da Câmara dos Deputados e continha explosivos mostram ele aparentemente ameaçando autoridades e antecipando a explosão.
O carro é registrado em nome de Francisco Wanderley Luiz e tem placa de Santa Catarina. Francisco foi candidato a vereador derrotado nas eleições de 2020 em Rio Do Sul.
Em uma das imagens, ele diz que a Polícia Federal tem “72 horas” para “desarmar a bomba” e cita a casa de políticos e autoridades. Em outra, o homem cita o dia 13 de novembro, esta quarta-feira, e fala em “grande acontecimento”.
Na sequência de imagens, Francisco também cita generais, políticos e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O homem também postou uma foto no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) e escreveu que “deixaram a raposa entrar no galinheiro”. O homem também postou uma foto com uma taça de vinho. Ele escreve: “Não chores por mim”. Ele também afirma que “vocês” foram “avisados”.
Duas explosões, em um intervalo de 20 segundos, ocorreram em frente ao Supremo Tribunal Federal em Brasília no começo da noite desta quarta-feira. Um homem morreu após uma explosão na Praça dos Três Poderes, que fica entre o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
Naipes de baralho
O homem morto por uma explosão na Praça dos Três Poderes usava um terno verde com símbolos de naipes do baralho. De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, houve um “autoextermínio com explosivo” no local.
Duas explosões nas proximidades deixaram ainda um carro incendiado. A área foi cercada por policiais, o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) foi evacuado e a sessão da Câmara foi suspensa. A Polícia Civil investiga o caso, e a Polícia Federal já abriu um inquérito.
Após as explosões, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) iniciou uma varredura no entorno do Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava no Planalto no momento das explosões, mas no Palácio da Alvorada, a quatro quilômetros da área. É no Alvorada também onde ele está reunido agora com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Policiais estão cercando a Praça dos Três Poderes e pedindo que as pessoas se afastem. Uma equipe da Polícia Militar está fazendo uma varredura no local para verificar se há outros explosivos. No prédio da Corte, o plenário foi evacuado e a orientação é que ninguém fique próximo às janelas.
Além disso, um carro está pegando fogo nas proximidades do Anexo IV da Câmara, e policiais também fazem uma varredura agora para saber se há explosivos em outros carros. A Polícia investiga se há relação entre a explosão nas proximidades no STF e o incêndio próximo à Câmara.
As redes sociais do homem que é registrado como o dono do carro que pegou fogo no estacionamento da Câmara dos Deputados e continha explosivos mostram ele aparentemente ameaçando autoridades e antecipando a explosão.
O carro é registrado em nome de Francisco Wanderley Luiz e tem placa de Santa Catarina. Francisco foi candidato a vereador derrotado nas eleições de 2020 em Rio Do Sul.
Em uma das imagens, ele diz que a Polícia Federal tem “72 horas” para “desarmar a bomba” e cita a casa de políticos e autoridades. Em outra, o homem cita o dia 13 de novembro, esta quarta-feira, e fala em “grande acontecimento”.
Na sequência de imagens, Francisco também cita generais, políticos e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
O homem também postou uma foto no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) e escreveu que “deixaram a raposa entrar no galinheiro”. O homem também postou uma foto com uma taça de vinho. Ele escreve: “Não chores por mim”.
Ele também afirma que “vocês” foram “avisados”.
Duas explosões, em um intervalo de 20 segundos, ocorreram em frente ao Supremo Tribunal Federal em Brasília no começo da noite desta quarta-feira. Um homem morreu após uma explosão na Praça dos Três Poderes, que fica entre o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.