O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), marcou para 10 de dezembro a sabatina do ministro Jorge Messias na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). O advogado-geral da União foi indicado pelo presidente Lula no dia 20 a uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).
Relator será aliado de Alcolumbre. O presidente do Senado indicou o senador Weverton (PDT-MA) como relator, que é da base governista e também aliado do presidente Lula (PT). A avaliação é de que Rocha, apesar de aliado de Lula, é mais próximo do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que defendia Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no Supremo.
A votação deve acontecer no plenário no mesmo dia. Se aprovado na comissão, o nome precisa de maioria simples no plenário para passar. Desde a redemocratização, nenhum nome indicado pela Presidência foi rejeitado pelo Senado.
A proximidade de Weverton com Alcolumbre, avaliam governistas, pode interferir na condução do processo. Sem o apoio do presidente do Senado, a indicação corre o risco de ser rejeitada, algo que não acontece desde 1894.
A indicação de Jorge Messias ao STF acirrou o mal-estar entre governo e Senado. O preferido de Davi Alcolumbre, e também da maioria dos senadores, era o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Além disso, Alcolumbre não foi avisado pelo governo que a escolha ocorreria na última quinta-feira, o que ampliou o descontentamento do senador com o Planalto.
Com a resistência de Alcolumbre a Messias, o governo preferia que a sabatina só acontecesse em 2026. O objetivo seria deixar o cenário político clarear mais e dar mais tempo para Messias buscar apoio.
Além da resistência de Alcolumbre, aliados do indicado de Lula avaliam que a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro deixou o Congresso Nacional mais estressado, o que atrapalha Messias.


