O vice-governador Felipe Camarão reagiu à declaração do secretário de Articulação Política do Maranhão, Rubens Pereira, o qual afirmou que a composição da chapa majoritária foi o principal ponto de rompimento nas negociações entre os grupos políticos do governador Carlos Brandão (brandonistas) e do ex-governador Flávio Dino (dinistas).
“Soube de um estranho pronunciamento de membro do governo estadual apontando uma suposta “indicação de nome de vice” para chapa de 2026 como causa para rompimento de acordo ou de divisão do grupo que venceu as eleições no Maranhão em 14, 18 e 2022. Trata-se de algo estranho e INEXISTENTE porque nunca houve qualquer diálogo entre o governador Carlos Brandão comigo ou com esse time vitorioso sobre o tema. Por óbvio, seguimos sempre abertos ao diálogo. Política é saliva, é construção de pontes e não de muros, e é feita de propósitos similares. Sempre que houver identidade de objetivos, um time pode e deve seguir unido”, rebateu Camarão.
Segundo Rubão, os diálogos estavam avançando, mas estagnaram quando o governador Carlos Brandão propôs indicar o nome para a vice na chapa de Felipe Camarão 2026. “O governador Brandão disse que, para compor, o governo precisava participar da chapa, indicando o vice. A resposta foi negativa, e ali parou o diálogo”, explicou. O nome do secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão, foi um dos nomes apontados para compor a vice de Camarão.
“Chegou momentos de estar bem avançado, e o ponto que deu assim uma estancada, os diálogos estavam vindo bem promissores e quando chegou o momento de composição de chapa e o governador Carlos Brandão queria indicar o vice, foi quando ele recebeu o não dizendo que não aceitavam o governador indicar o vice. Isso aí foi onde estancou todas as negociações. Todos os outros pontos estavam avançando bem, mas o governador chegou e disse: “para nós compormos a gente tem que fazer parte da chapa, vamos indicar o vice”. E aí os interlocutores chegaram e disseram que não aceitavam o governador indicar o vice e desse dia para cá a gente parou. Eu acho que não aceitaram o governador indicar o vice porque avaliavam que o governador estava com a imagem negativa, hoje estão começando a ver que o governador não estava com a imagem negativa, está com um governo muito aprovado. E começou surgir naturalmente e começaram a jogar o nome do Orleans e hoje posso dizer que o Orleans é um nome que está na boca das pessoas “, relatou Rubens Pereira aos jornalistas Ricardo Marques e John Cutrim na Difusora News Fm.
Rubens Pereira ainda rebateu críticas feitas recentemente pelo deputado Márcio Jerry (PCdoB) sobre a gestão política do governo Brandão e o chamou de leviano. Rubão afirmou que houve diversas reuniões entre os grupos, todas autorizadas por Brandão. “Ele foi um pouco leviano comigo e com o governador. Só na minha nós realizamos mais de 15 reuniões e era tratado de política. Não dá para dizer que o governador foi omisso. Eu estava ali representando ele por determinação dele”, disse.
Jerry nega
Em contato com o blog do John Cutrim depois da entrevista, o deputado federal Márcio Jerry contestou as declarações do secretário de Articulação Política do Maranhão, Rubens Pereira e disse que o titular da Secap faltou com a verdade. “Para minha tristeza e decepção, leviana é a afirmação dele”.
De acordo com Jerry, o impasse em relação à vice na chapa não foi o fator de divisão. “Isto não é verdade. É tão absurdo que de cara se apresenta como inverossímil, é fake news. Era necessário colocar isso em debate no colégio partidos, podia ser uma indicação, mas não uma imposição ainda faltando muito tempo pra eleição. Era necessário discutir também a chapa de Senado, pois são muitos nomes postos para as vagas disponíveis. Ou seja, tiveram muitos outros pontos e o governador terceirizou as tratativas para a família . Não foi apenas a discussão da vaga de vice na chapa. Nós tivemos reuniões no dia 2 de março, 7 março, 12 março e 14 março com a participação de familiares do governador e nesta última saímos da casa do Rubens com roteiro de entendimentos”, afirmou o parlamentar.
Assista a entrevista completa:
Respostas de 5
Felipe Camarão, ao que tudo indica, está mais para um “cordial gladiador de bastidor” do que para simples aliado circunstancial. Diz que nunca houve diálogo, mas já prepara o cenário como quem sabe exatamente quando e onde cairá o próximo ato. Declara-se aberto ao diálogo com a mesma energia de quem fecha a porta devagar só pra ninguém ouvir o trinco.
O vice-governador Felipe Camarão tem razão em única coisa: “política é saliva”. Mas, só essa saliva de Camarão é a ‘saliva dos seus’. Exemplo recente é a eleição do PED do PT. Os ‘companheiros’ com manobras e artimanhas tentaram eliminar todos os concorrentes ao Diretório Estadual do PT. Passou vergonha mais uma vez: o Diretório Nacional do PT naufragou o esquema e, agora, terão disputar é no VOTO. Todos viram e ouviram, os atos e as vozes, de Camarão: nunca pontuou o nome de Carlos Brandão, mas só esbraveja que tinha que dá prosseguimento ao legado de Dino. Camarão, e os governistas oportunistas Márcio Jerry, Ricardo Rios, Rodrigo Lago, Carlos Lula, Leandro Bello, Francisco Nagib e Júlio Mendonça, tentaram e tentam de todas as formas atropelar Brandão e o governo do estado. São críticas ásperas, dizem que o governo mudou de rumo, agora é um governo familiar e do puxa-saquismo, mas nenhum tem a coragem e a ombridade de entregar os cargos num governo que tanto condenam.
Camarão diz que a reunião que tratou da indicação do vice NÃO aconteceu, Márcio não nega a reunião, chama apenas a NEGATIVA da indicação de Brandão de IMPASSE! Prefiro acreditar no Márcio. Afinal , quem fala em nome do que SOBROU do grupo dinista é o Márcio, Camarão NÃO APITA NADA.
As declarações de Rubão são o deboche a inteligencia do mais ingenuo cidadão. A vaga de vice mesmo de governador tem pouquissima expressão , o maior peso é a expectativa de assumir quando da ausencia do titular. É muita desfaçatez falar esses absurdos sem a cara nem tremer. Esse é puxa saco profissional
Vergonhoso o que essa oligarquia de Carlos Brandão é capaz de fazer. O estado um caos nas estradas veja a MA-008, MA-247 e as da baixadas entre outras. Obras que fazem festa e inesperadamente acabam sem chegar ao fim. Um caos absoluta nos hospitais e nas escolas sem professor. O estado pobre a cada dia e eles só preocupado com passar o governo ao sobrinho por meio de negociata. Isso é uma oligarquia de péssimo gosto.