Apesar de todas as evidências de que Ricardo Lewandowski será o sucessor de Flávio Dino no Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli continua trabalhando para não sair da pasta.
A interlocutores repete que ainda não perdeu a esperança de permanecer onde está, ou seja, como o número 2 da pasta.
Mais: não aceita outro cargo no ministério. Em algumas conversas chega a dizer inclusive que não perdeu a esperança de ser o próprio sucessor de Dino.
Se Lewandowski for mesmo confirmado como ministro, o que deve acontecer até sexta-feira, só não nomeará o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto para ser o seu secretário-executivo se Lula não lhe der autonomia para escolher o número 2 da pasta— o que é algo que faz pouco sentido. Manoel Carlos ocupou o cargo de secretário-geral do STF quando Lewandowski era presidente. É tido como seu assessor mais próximo.
Em relação aos outros integrantes do ministério nomeados por Dino em cargos de confiança, sobretudo os de secretários, há expectativa também é grande. Mas a tendência é que sejam trocados. (Lauro Jardim)