• Dino estava em voo São Luís/BSB quando Bolsonaro o citou em depoimento no STF sobre urnas

    O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, estava em voo de São Luís para Brasília durante o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira.

    Ele não acompanhou o momento em que foi citado pelo réu como exemplo de políticos que já questionaram as urnas eletrônicas.

    Bolsonaro recuperou suspeitas levantadas pelo hoje ministro do STF Flávio Dino em relação às urnas eletrônicas para dizer que críticas ao sistema eleitoral não seriam algo “privativo” de sua pessoa. “A questão da desconfiança, suspeição e críticas às urnas não é algo privativo meu. Poderia citar vários nomes”, afirmou Bolsonaro.

    O ex-presidente relembrou suspeitas levantadas por Dino na época em que atuava como político, concorrendo em eleições no Maranhão, no início da década de 2010. Postagens em redes sociais naquela época mostram o hoje ministro do STF falando que as urnas seriam “extremamente inseguras e suscetíveis a fraudes”.

    “Eu fiquei 2 anos como vereador e 28 como parlamentar. A minha retórica sempre foi parecida. A questão da desconfiança, suspeição ou crítica às urnas não é algo privativo meu. Flávio Dino, em 2012, quando ele perdeu a eleição [para governador], disse: ‘hoje eu tive a oportunidade de ser vítima de um processo que precisa ser aprimorado, ser auditado, que é o sistema das urnas eletrônicas’”, citou Bolsonaro.

    Segundo aliados, sua fala foi tirada de contexto por Bolsonaro. As declarações de Dino foram dadas em 2010, antes de a Justiça Eleitoral adotar a biometria para aferir a identidade do eleitor.

    Naquele ano, Dino perdeu a eleição para governador do Maranhão para Roseana Sarney (MDB), que ganhou com 50,08% dos votos válidos. A maioria estreita de votos que deu a vitória em primeiro turno foi questionada no Maranhão.

    O ministro havia sido juiz eleitoral no estado. Costuma contar o caso de uma eleição que ele acompanhou nessa função. Faltava chegar uma urna para contabilizar todos os votos. Quando chegou a tal urna, saiu um caranguejo de dentro. O então juiz anulou os resultados daquela urna. A urna do caranguejo era no tempo do voto do papel.

    A urna do caranguejo era no tempo do voto do papel. Depois disso, ele argumenta, a Justiça aprimorou o sistema eleitoral com auditoria, biometria e outros mecanismos de segurança.

    Flavio Dino não tem acompanhado a nenhum depoimento de testemunha nem réu no julgamento da trama do golpe, segundo sua assessoria.

    Uma resposta

    1. Mas, o vídeo é verdadeiro, ele tbm desconfiou das urnas eletrônicas…a diferença q ele é de esquerda e a Justiça no Brasil é cega , pra políticos desse seguimento.

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