O plano do governo para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deve evitar a ideia de “desbolsonarização” ou de embate ideológico.
Na visão do Ministério da Justiça, há dois tipos de agentes de segurança pública: os que votaram em Jair Bolsonaro e são golpistas, e os que votaram e não são. A parcela de policiais de esquerda é ínfima.
Por isso, o governo não quer passar a ideia de que irá perseguir quem aderiu ao bolsonarismo. O plano é conter a PRF dentro de suas competências — fiscalizar as estradas — e reverter o excesso de atribuições que a organização ganhou na gestão de Jair Bolsonaro.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, fez um aceno nesse sentido na posse de Antônio Fernando Oliveira como diretor da PRF, no início de fevereiro. Dino mencionou um possível aumento salarial e disse que os que endossam ações antidemocráticas não representam a corporação. (Metrópoles)