• Em reunião, PSB e PT acertam palanques em Estados

    O Antagonista – Após a primeira reunião (foto) entre PT e PSB para discutir o apoio à candidatura de Lula, as executivas nacionais das duas siglas decidiram ouvir suas bases nos estados para tentar dirimir as divergências sobre os palanques locais.

    PT e PSB negociam uma aliança nacional, mas esbarram em disputas pelo governo do estado. Como temos mostrado, os socialistas, que trabalham para atrair o ex-tucano Geraldo Alckmin, cobram que os petistas abram mão das candidaturas aos governos em São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Espirito Santo e Rio de Janeiro. O PT resiste.

    Depois do encontro de hoje, foi firmado uma espécie de protocolo de intenções entre os dois partidos. Em Pernambuco, o PT tende a abrir mão da candidatura do senador Humberto Costa em nome de um candidato ainda a ser definido pelo PSB; no Rio de Janeiro, o PT também sinalizou que não lançará candidato para apoiar Marcelo Freixo.

    O PSB, por sua vez, deve apoiar o PT na Bahia – candidatura de Jaques Wagner; em Sergipe – a do senador Rogério Carvalho -, além de Rio Grande do Norte e Piauí. O PT, do outro lado, já se comprometeu a apoiar candidatos do PSB no Maranhão, Alagoas e Santa Catarina.

    O problema, entretanto, ainda reside em São Paulo. Nem Márcio França (PSB), nem Fernando Haddad (PT) deram qualquer indicativo de que pretendem desistir de seus projetos pessoais. Como mostramos há pouco, França foi categórico e confirmou que “é candidato”.

    “Vamos ter que fazer um esforço de composição nos estados. Vamos marcar uma reunião com SP. O PT entende que a candidatura do Haddad é essencial e são dois grandes quadros políticos, que tem experiência política. Nós, como muito respeito, temos que chegar a um denominador”, disse a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

    “A nossa aliança não pode ser matemática. A política precede todos os números”, disse o presidente do PSB, Carlos Siqueira, sobre os cálculos eleitorais da aliança entre os dois partidos nos estados.

    Para tentar equacionar esse tipo de disputa, os partidos decidiram que, a partir da semana que vem, as executivas estaduais vão tentar estabelecer quais serão as candidaturas prioritárias em 2022. A primeira reunião local acontecerá em Pernambuco.

    A reunião de hoje teve a participação da presidente do PT, Gleisi Hoffmann; do secretário-geral do PT, o deputado federal Paulo Teixeira (SP); do presidente do PSB, Carlos Siqueira; do pré-candidato ao governo de São Paulo, Márcio França e de Paulo Câmara, governador de Pernambuco.

    Uma resposta

    1. É muita cara de pau. O gorducho devia falar quantos empréstimos fez ao longo do seu governo e onde esse recursos foram aplicados.

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