Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 18, mostra que cresceu o percentual de eleitores que afirmam que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria abrir mão da candidatura a presidente em 2026 e apoiar outro candidato. O levantamento foi iniciado um dia após a condenação de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão pela atuação na trama golpista.
De acordo com o levantamento, 76% defendem que Bolsonaro passe o bastão, ante 65% em agosto. Os entrevistados que querem que ele mantenha a candidatura caíram de 26% para 19%. Não souberam ou não responderam 5%.
A Quaest entrevistou 2.004 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 12 e 14 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
A pesquisa mostra que o eleitorado bolsonarista está, mais do que nunca, dividido sobre o tema: 52% querem que Bolsonaro mantenha a candidatura, enquanto 46% afirmam que ele deveria abrir mão. Há um mês, o placar era mais folgado em favor da candidatura do ex-presidente: 66% a 31%.
A Quaest também perguntou quem deveria suceder Bolsonaro. O mais citado foi o próprio ex-presidente, com 19%, mesmo patamar dos que defendem que ele mantenha a candidatura. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) é o preferido de 15%, seguido do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com 9%, e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com 5%.
Eduardo Leite (PSD), o inelegível Pablo Marçal (PRTB) e Ronaldo Caiado têm 3% cada. Romeu Zema (Novo) tem 2% e Flávio Bolsonaro (PL) e Eduardo Bolsonaro (PL) 1% cada. Para 28%, nenhum dos nomes citados deve ser o sucessor; 11% não souberam ou não responderam.
Maioria defende que Lula não dispute a reeleição
A Quaest também mediu qual deve ser o papel do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição. Para 59%, ele não deveria se candidatar à reeleição, enquanto 39% afirmam que não. Não houve variação fora da margem de erro – em agosto, o resultado era de 58% a 39%.
Caso Lula não dispute, 9% querem que o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) seja o candidato. A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), foi citada por 6%, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) por 5%. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), tem 3%, e o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), 2%. Ciro Gomes (PDT) e a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT) pontuaram 1% cada.
A maior parte, 40%, respondeu que o candidato deve ser Lula; 8% disseram “nenhum desses” e 25% não souberam ou não responderam.
A pesquisa também perguntou qual cenário dá mais medo hoje: Lula continuar ou Bolsonaro voltar. Para 49%, o receio maior é a volta de Bolsonaro, enquanto 41% temem mais a continuidade do petista e 5% dizem ter medo de ambos; 3% não souberam ou não responderam e 2% disse não ter medo de nenhum dos cenários.
Lula lidera
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera hoje as intenções de voto para as eleições de 2026, mostra pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 18. O instituto testou oito cenários de primeiro turno, com o petista liderando em todos. Além disso, o levantamento mostrou que Lula venceria todos seus potenciais adversários num eventual segundo turno pelo Palácio do Planalto.
De modo geral, a pesquisa revelou um cenário de estabilidade em relação ao levantamento publicado no mês passado. De lá para cá, o presidente seguiu na liderança em todos os cenários testados, com sutis variações dentro da margem de erro.
Em eventual segundo turno contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula registrou 43% das intenções de voto. Já o governador paulista somou 35%. Os números são iguais aos da pesquisa divulgada em agosto.
O único candidato com desempenho superior ao de Tarcísio contra Lula é o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT). Num eventual segundo turno, Ciro registrou 33%, ante 40% do petista – uma diferença de sete pontos porcentuais. Não há série histórica do confronto entre Lula e o pedetista.
A pesquisa também testou cenários de segundo turno entre Lula e membros da família Bolsonaro. Segundo o levantamento, Lula venceria o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com 47% dos votos, contra 34% do adversário. Porém, o cenário é improvável, uma vez que Bolsonaro está inelegível e foi condenado a mais de 27 anos de prisão.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) registrou 32% das intenções de voto, contra 47% de Lula em eventual segundo turno. Já Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, marcou 29%, ante 47% do petista.
Segundo a pesquisa, Lula venceria em eventual segundo turno contra todos os governadores de direita. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), obteve 32%, contra 44% do presidente. O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), marcou 32%, ante 45% de Lula. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), alcançou 31%, contra 46% do petista. Já o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), marcou 26%, enquanto Lula atingiu 45%.
Lula lidera em cenários de primeiro turno
O levantamento simulou oito arranjos diferentes de candidatos. No primeiro cenário, Lula aparece com 32% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro, com 24%, e Ciro, com 11%. Em outras combinações, o petista oscila entre 32% e 43%, sempre à frente dos adversários.
Quando Michelle substitui o ex-presidente, Lula marca 33%, contra 18% da ex-primeira-dama. Com Tarcísio, o petista tem 35% a 17%. Já nos cenários em que enfrenta Eduardo, Lula varia de 32% a 43%, enquanto o deputado alcança entre 14% e 21%.
Entre os candidatos da direita testados, além de Bolsonaro e sua família, apareceram Ratinho Júnior, Zema e Caiado, que oscilaram de 4% a 13% conforme a composição.
A pesquisa também avaliou a intenção de voto espontânea, em que o eleitor não recebe a lista de nomes. Nesse caso, Lula subiu de 16% em agosto para 18% em setembro, enquanto Bolsonaro caiu de 9% para 6%. O governador de São Paulo foi citado por 2%. A taxa de indecisos cresceu de 66% para 68%.
Uma resposta
O BRASIL INTEIRO SABE QUE O LULA SERÁ REELEITO E O MARANHAO SABE Q BRAIDE SERÁ GOVERNADOR. PODE JUNTAR TODOS, QUANDO O POVO QUER, NAO HÁ QUEM TIRE A VONTADE DO POVO.