• Justiça prorroga inquérito que apura suspeita de compra de votos envolvendo Fufuca

    A Justiça Eleitoral do Maranhão prorrogou por 90 dias, a pedido da Polícia Federal, um inquérito que investiga o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), por suspeita de compra de votos nas eleições 2018.

    A investigação teve início no dia 6 de outubro de 2018, véspera do primeiro turno das eleições daquele ano, quando policiais federais flagraram um grupo com saco de dinheiro e santinhos de Fufuca na cidade de Santa Luzia, no interior do Maranhão. Na ocasião, a equipe que estava na cidade recebeu denúncia anônima, encaminhada inicialmente ao delegado da Polícia Civil local, de que apoiadores do então candidato a deputado federal estavam aglomerados com bolos de dinheiro para comprar votos.

    Procurado, o ministro André Fufuca disse que “não compactua com qualquer ato ilícito, não é responsável por ação de terceiros e confia que a Justiça vai esclarecer todos os fatos”.

    Em despacho publicado na segunda-feira, o juiz Bruno Barbosa Pinheiro disse que a dilação de prazo é necessária para realização de novas diligências para conclusão das investigações em curso. “E encerrá-las, nessa fase procedimental, poderia prejudicar a descoberta da verdade e a coleta de provas”, escreveu. O caso foi revelado pelo site Brasil de Fato e confirmado pelo GLOBO. Fufuca é formalmente investigado no processo.

    O relatório da investigação descreve que os políciais foram até uma casa na cidade onde havia veículos com adesivos de Fufuca e pessoas entrando e saindo. No local, ao ver a PF se aproximando, um homem tentou esconder um saco de dinheiro em um bueiro. Na sacola havia R$ 5.850 em notas de R$ 20, R$ 50 e R$ 100 e, em um do automóveis, uma caixa de papelão com santinhos de Fufuca.

    Desde então, a investigação segue sob os cuidados da superintendência da PF do Maranhão, que agora solicitou a dilação do prazo para finalizar o inquérito. A PF justificou que quer ouvir mais oito pessoas que mantiveram contato com os suspeitos de comprar votos nas vésperas da eleição, com a finalidade de coletar mais provas sobre o caso.

    O ministro foi indicado na cota do PP para chefiar a pasta do Esporte no governo Lula, em meio a uma pressão do presidente da Câmara, Arthur Lira, do mesmo partido, e do Centrão, para aumentar o espaço na Esplanada dos Ministérios. (O Globo)

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