• Maranhão tem menor renda do Brasil e é menos de 30% da registrada no DF

    O rendimento domiciliar per capita (por pessoa) da população do Maranhão equivale a menos de 30% do registrado no Distrito Federal, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

    No estado nordestino, o valor mensal foi de R$ 945 em 2023. É o equivalente a 28,2% da renda per capita registrada no Distrito Federal: R$ 3.357.

    Conforme o IBGE, o Maranhão tem o menor rendimento do país, enquanto o Distrito Federal responde pelo maior. No Brasil, o indicador foi calculado em R$ 1.893 por mês em 2023.

    Os valores são publicados de forma resumida pelo IBGE em termos nominais (sem o ajuste pela inflação), o que dificulta uma comparação com anos anteriores.

    O rendimento domiciliar per capita representa a razão entre o total das rendas domiciliares e o número de moradores. Nessa conta, o IBGE considera os recursos obtidos com o trabalho e outras fontes.

    “Todos os moradores são considerados no cálculo, inclusive os pensionistas, empregados domésticos e parentes dos empregados domésticos”, afirma o instituto.

    A divulgação atende a uma lei complementar que estabelece os critérios de rateio do FPE (Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal). Os dados são repassados pelo IBGE para o TCU (Tribunal de Contas da União) anualmente.

    Em 2022, o rendimento mensal domiciliar per capita havia sido calculado em R$ 1.625 no Brasil, também em termos nominais. Ou seja, ao chegar a R$ 1.893 no país em 2023, o indicador ficou 16,5% maior.

    Sem considerar a inflação, o valor também aumentou nas unidades da federação de um ano para o outro. O Distrito Federal, conhecido por reunir servidores públicos com renda mais elevada, seguiu no topo do ranking, enquanto o Maranhão permaneceu na parte inferior da lista.

    São Paulo é o segundo local com maior rendimento, alcançando R$ 2.492 em 2023. Rio de Janeiro (R$ 2.367), Rio Grande do Sul (R$ 2.304) e Santa Catarina (R$ 2.269) aparecem na sequência.

    Entre os estados com rendimento menor, o predomínio é de integrantes do Nordeste e do Norte. Além do Maranhão (R$ 945), Acre (R$ 1.095), Alagoas (R$ 1.110), Pernambuco (R$ 1.113) e Bahia (R$ 1.139) também ocupam as últimas posições do levantamento.

    A PNAD Contínua é uma pesquisa domiciliar, amostral, realizada pelo IBGE desde janeiro de 2012. O índice acompanha flutuações trimestrais e a evolução da força de trabalho, entre outros dados que apoiam o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país. Para a renda, as informações têm referência ao trabalho em todas as visitas e às outras fontes de rendimento nas primeiras e quintas visitas ao domicílio. (Folha de SP)

    Rendimento em 2023
    Valor nominal mensal domiciliar per capita, em R$

    Distrito Federal 3.357
    São Paulo 2.492
    Rio de Janeiro 2.367
    Rio Grande do Sul 2.304
    Santa Catarina 2.269
    Paraná 2.115
    Mato Grosso do Sul 2.030
    Goiás 2.017
    Mato Grosso 1.991
    Minas Gerais 1.918
    Espírito Santo 1.915
    Brasil 1.893
    Tocantins 1.581
    Rondônia 1.527
    Amapá 1.520
    Roraima 1.425
    Rio Grande do Norte 1.373
    Piauí 1.342
    Paraíba 1.320
    Pará 1.282
    Sergipe 1.218
    Amazonas 1.172
    Ceará 1.166
    Bahia 1.139
    Pernambuco 1.113
    Alagoas 1.110
    Acre 1.095
    Maranhão 945

    Fonte: IBGE

     

    Uma resposta

    1. Infelizmente vai continuar tendo já que os políticos não tem interesse de mudar a situação, são melhorias paliativas. O interesse maior é manter a população burra e refém sempre.

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