Em um cenário de disputa eleitoral em 2026 sem Jair Bolsonaro (PL), o nome indicado pelos entrevistados pela pesquisa Genial/Quaest como mais forte contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (21%). O ex-mandatário está impedido de disputar um cargo público até 2030, após ter sido condenado à inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no ano passado.
No levantamento divulgado nesta quinta-feira, aparecem em seguida o ex-coach Pablo Marçal (18%), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (17%), e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (10%).
Também são citados os governadores Ratinho Júnior (7%), do Paraná, Romeu Zema (4%), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (3%), de Goiás. Outros 21% não responderam ou não souberam responder.
A pesquisa aponta que Lula sairia vitorioso nos três cenários mensurados pela Genial/Quaest. Realizado antes da internação do petista nesta semana, o levantamento mostra que o chefe do Executivo bateria Tarcísio em um possível segundo turno, por 52% a 26%. O presidente também aparece à frente de Marçal, com 52% contra 27%, e de Caiado, por 54% contra 20%.
Caso Bolsonaro estivesse na disputa, ele também seria derrotado por Lula (51% contra 35%). A Genial/Quaest não analisou o cenário de Lula contra Michelle.
A pesquisa aponta que, apesar de uma recuperação a favor de Lula, a candidatura do petista à reeleição divide opiniões. Se, por um lado, 52% dos entrevistados acreditam que o presidente não deveria ser candidato, outros 48% pensam o contrário.
A Genial/Quaest realizou 8.598 entrevistas presenciais com eleitores de 16 anos ou mais. A margem de erro estimada é de 1 ponto percentual e o nível de confiança é de 95%.
Haddad à frente da direita
Caso Lula opte por não disputar a reeleição em 2026, o possível substituto mais citado foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), apontado por 27% dos entrevistados. O ex-prefeito de São Paulo sairia vitorioso nos cenários de segundo turno contra Bolsonaro (42% a 35%), Tarcísio (44% a 25%), Marçal (42% a 28%) e Caiado (45% a 19%).
Aparecem em seguida como opções, caso Lula não dispute, o ex-ministro Ciro Gomes (17%), o vice-presidente Geraldo Alckmin (14%), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (4%), o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (2%), e a presidente do PT Gleisi Hoffmann (2%). Outros 33% não responderam ou não souberam responder.