• Ministro Flávio Dino começou a fazer a diferença no STF

    Na terra do faz de conta, a maioria se declara indignada com a corrupção nos espaços públicos, reclamando reações em que cadeia passa a ser o destino presumível dos faltosos. Que não são poucos e costumam frequentar os mesmos espaços, repetindo as mesmas falas e igual indignação. Salva-se pelo menos as aparências ou nem isso. Que o digam as querelas mais recentes sobre as tais emendas parlamentares, em que o despudor chegou ao extremo de tentar, e com algum sucesso, fazê-las secretas. Algo para fazer roer de inveja personagens de um tempo não muito distante em que políticos, dependendo evidentemente do tamanho de seu cacife, escolhiam ministérios com a medida única do tamanho de seu orçamento, com os mais afoitos reclamando para quem quisesse ouvir que fossem entregues “de porteiras fechadas”.

    Tudo às claras e à luz do dia, como se o “toma lá, dá cá” fosse próprio do processo político, portanto perfeitamente aceitável e natural. Condenar a corrupção era – e continua sendo – também obrigatório, porém entendida como delituosa apenas a corrupção dos outros, da banda contrária do espaço político. Nada, enfim, que merecesse ser levado a sério, como nas manifestações dos ditos black bloks em 2013 e, adiante, a mitificada Operação Lava Jato, talvez não mais que um grande arranjo, e atalho, para a rampa do Palácio do Planalto. Indignação apenas um pretexto, exatamente como percebe-se agora, com espaços deixados abertos para a grande farra em torno das emendas parlamentares.

    São conveniências que se acomodam em torno do arranjo político possível e da fragilíssima “governabilidade” que a cada dia que passa custa mais caro, ajudando a explicar também porque os projetos de reforma política nunca avançam. Não interessam àqueles que manobram os cordéis da política em nosso País. É nesse contexto que cresce de importância a atuação do ministro Flávio Dino, uma figura que a cada dia que passa parece mais singular, que de sua cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF) tomou a si a tarefa de dar um fim à farra, não para agradar a qualquer dos atores presentes na cena política, mas, simplesmente, para fazer cumprir a lei ou, antes, trazer de volta a disciplina que se perdeu.

    O ministro neste momento está fazendo a diferença e pode bem se transformar num ponto de inflexão, tudo isso com independência e determinação que há muito não podia ser percebida, parecendo comprometido exclusivamente com as responsabilidade que sua consciência e o cargo lhe impõem.

    Respostas de 3

    1. Se nós brasileiros e brasileiras tivéssemos plena consciência de que corrupção é um instrumento perigoso, letal em qualquer pais, ou seja em qualquer ambiente visto que a mesma desagrega para beneficiar determinada casta de uma sociedade um exemplo tipico foi o anterior governo brasileiro que o tempo de sua gestão foi no sentido de destruir as instituição em nosso pais.

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