• Movimento estudantil reage frente ao sucateamento da UFMA e precarização das casas dos estudantes

    Depois de protagonizar uma manifestação para denunciar a falta de condições de infraestrutura, segurança, alimentação e transporte, o movimento estudantil da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) organiza uma Assembleia Geral tendo como pautas a precariedade das residências universitárias e o sucateamento da universidade. A Assembleia foi anunciada para esta quarta-feira, 27/09, às 16h, na Área de Vivência do Restaurante Universitário (RU), no campus do Bacanga.

    De acordo com os universitários, os problemas estruturais na UFMA são antigos e recorrentes. Desde superlotação dos ônibus à falta de iluminação, falta de água nos bebedouros, comida sem qualidade no restaurante universitário, falta de higiene nos banheiros, ar-condicionado das salas de aula com defeito, prédios caindo aos pedaços e precariedade das residências estudantis. “Não são problemas de agora. São problemas antigos e que não são resolvidos”, disse a estudante Patrícia Pinto, coordenadora do Centro Acadêmico de Filosofia – UFMA, em entrevista a uma rádio web de São Luís.

    A estudante de Teatro e residente da casa dos estudantes, Amanda Furquim, também falou em entrevista à rádio sobre a situação precária das duas casas estudantis que abrigam estudantes provenientes do interior e de outros estados. “Temos banheiros com defeitos, pias vazando, uma precarização total. Há 10 anos, a gente continua lutando pra viver e estudar com dignidade”, disse a jovem, revelando que um ventilador já caiu sobre uma das camas e pegou fogo. A casa possui grades nas janelas, mas não tem saída de incêndio.  Enquanto os estudantes agonizam em meio a problemas básicos para estudar, a universidade tem contrato milionário (R$ 7,6 milhões) com empresa de eventos.

    As estudantes afirmam que o movimento estudantil continuará pleiteando seus direitos até que a reitoria aceite dialogar. “Queremos respostas: Por que estamos com toda esta precarização, por que as solicitações não são atendidas e quando teremos nossos prédios com estruturas dignas?”, indagam.

    Sem resolver, a UFMA tenta descredibilizar o movimento estudantil por meio de notas nas suas redes oficiais. Sem falar no histórico de perseguições. “Tem cinco estudantes que sofrem processos administrativos da reitoria por reivindicarem um direito que é nosso”, disse a estudante Patrícia.

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