O Ministério Público do Maranhão, informou que vai investigar o caso do vereador de Cândido Mendes, Sababá Filho (PCdoB), que jogou R$ 250 mil pela janela da Câmara de Vereadores, no ultimo dia 4 de agosto, afirmando ter recebido o dinheiro do empresário Adson Manoel Silva Oliveira a mando do prefeito da cidade, Facinho, para que renunciasse ao mandato.
O MP informou que já tem conhecimento dos fatos ocorridos em Cândido Mendes e “está apurando a situação para que as providências cabíveis sejam tomadas”.
A Polícia Civil por meio da Superintendência Estadual de Combate à Corrupção (SECCOR), também informou que vai investigar a denúncia feita pelo vereador Sababá Filho, o qual acusa o prefeito Facinho e o empresário Adson Manoel Silva Oliveira pelo crime de corrupção ativa.
Ainda segundo a polícia, neste momento, não serão informados detalhes do processo para não atrapalhar as investigações.
Como ocorreu o suborno
Vereador do município de Cândido Mendes, Sababa Filho (PCdoB) mostrou em vídeo o qual o blog do John Cutrim teve acesso(veja acima) a imagem e o nome da pessoa que lhe entregou R$ 250 mil para que ele renunciasse ao cargo, dando lugar a um aliado do prefeito José Bonifácio Rocha (PL), conhecido como Facinho.
De acordo com o vereador, trata-se do empresário Adson Manoel, primo do prefeito Facinho e que é, segundo o parlamentar, empreiteiro e tem vários contratos com a prefeitura. “Eu vou provar, todo o material, mensagem de celular, áudios, tudo já está entregue para a polícia civil”, disse.
No vídeo(veja acima), Sababa Filho conta detalhes de como se deu a negociação. “O Adson Manoel foi na minha residência no dia 4 de agosto pela manhã me buscar, nós viemos, inclusive ele desceu do carro que ele estava com a mochila com o dinheiro, entrou no meu carro, meus familiares todos estavam lá e viram. Ele entrou no meu carro, nós fomos para a porta da Câmara, lá ele me entregou o dinheiro, coisa que realmente eu não conferi que não tive tempo, mas supostamente na mochila teria R$ 250 mil reais que era o objeto do acordo. Naquele momento, o Adson ainda adentrou na Câmara, e eu segui para o plenário. Quando eu afastei dele, eu voltei no carro, peguei a mochila com o dinheiro e chamei dois policiais militares e pedi o acompanhamento”, relata.
O vereador admitiu que o ato de jogar pela janela da Câmara as notas de dinheiro que teria recebido foi uma atitude irresponsável. “Foi o que julguei naquele momento. O meu ato pode até ter sido ilegal, mas foi um ato moral”, justifica.
O parlamentar aceitou o acordo, assinou uma carta de renúncia e reconheceu o documento em cartório, mediante um adiantamento de R$ 50 mil. Segundo Sababa, ele decidiu acatar o suborno a fim de aproveitar a oportunidade de divulgar o crime. A mochila recheada de notas teria sido entregue na porta de entrada da Câmara Municipal, minutos antes da cerimônia de renúncia.
Em nota, a Prefeitura de Cândido Mendes chamou o discurso dos parlamentares de “espetáculo político” para atrapalhar o prefeito Facinho. “O vereador Sababa Filho fez acusações infundadas e levianas”, afirma o texto. (Com informações do blog Segunda Opinião)