• ‘Não vou para o STF, esta hipótese não existe’, diz Capelli sobre possibilidade de seguir Dino

    O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, afirmou ao R7 que não foi convidado para ocupar um cargo no Supremo Tribunal Federal (STF) ao lado do novo ministro, Flavio Dino.

    “Não vou para o STF. Esta hipótese não existe. Até o momento ninguém tratou nada comigo. Estou de férias agora, aguardando minha exoneração”, disse.

    Cappelli, que atualmente é o número 2 da pasta, era um dos cotados para assumir o Ministério da Justiça. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou preferindo o nome do ministro aposentado do Supremo, Ricardo Lewandowski para ocupar o cargo.

    Cappelli afirmou ainda que vai colaborar com a transição no Ministério da Justiça e Segurança Pública, mas sua saída se deve a negativa do cargo de ministro na atual pasta, como afirmou interlocutores.

    Ele foi o braço-direito de Dino e ganhou prestígio por sua atuação como interventor federal na segurança pública do Distrito Federal depois dos atos extremistas do 8 de Janeiro. A reportagem apurou que Lewandowski tem o desejo de designar o jurista Manoel Carlos de Almeida Neto para o posto. De acordo com interlocutores, o ministro já comunicou a escolha ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Manoel Carlos é muito próximo de Lewandowski e chegou a ser cotado para ocupar a cadeira do ministro aposentado no Supremo. Ele tem 43 anos e foi assessor de gabinete de Lewandowski no STF. Também trabalhou como secretário-geral da presidência na Suprema Corte e no Tribunal Superior Eleitoral. Manoel Carlos é doutor em Direito do Estado pela USP e mestre em Direito Público pela UFBA. Para isso, deve deixar o cargo que ocupa de diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

    Lewandowski deve anunciar os escolhidos de forma conjunta até sexta-feira (19). A primeira escolhida foi Ana Maria Neves, que será chefe de gabinete na pasta e o acompanha desde o Supremo.

    Já a escolha do procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, para a chefia da Secretaria Nacional de Segurança Pública foi tratada reservadamente no último sábado, em um jantar em São Paulo entre o novo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo relatos obtidos pela equipe da coluna, Moraes defendeu na ocasião a escolha de Sarrubbo para o cargo, por sua experiência à frente do Ministério Público de São Paulo no enfrentamento de facções criminosas, o que poderia ajudar o governo Lula em uma das áreas mais sensíveis para o eleitorado.

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